Que irei colher?
Talvez uma mão cheia de palavras daninhas…
Lamentos, perdas, sombras, amuos
Enfim, tudo germina Nesta vida sem estufa…”
Assim comecei!
Primeiro, delineei traços de gente… Suei a compor rostos fragmentados pelo tempo devidamente ungido por mãos que fraquejaram na escolha do melhor enquadramento cénico. Todos presentes, até Deus! Sem falas, sem maquilhagem… apenas sorvíamos pedaços de inquietude. E eis que irrompe a famigerada ordem de acção… Nem pano, nem palco, nem cadeiras… Apenas terra e um ponto.
Assim começou!
Era o fim de um dia radioso, mas seu fim já nem me lembro. Desfoco momentos, subtraio sorrisos, baralho saudades… Tentarei repetir-me na adjectivação sumária, pois se semeio vontades alheias talvez ache a mais certa. E não é fantástico? Bater palmas, na antecâmara dos meus medos, será um acto devidamente fundamentado. Todos estarão presentes, até Deus!
Assim começará o ensaio….
Cristovão Siano (também conhecido por Freudnaomorreu)