tag:blogger.com,1999:blog-22024722465349677172024-02-19T16:26:17.819+00:00stoneartportugalPedra FilosofalPedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.comBlogger243125tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-56656555302166347432010-11-09T20:23:00.002+00:002010-11-09T20:25:04.891+00:00A minha vizinha<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTs7z81gVhNOLZGBKSimnNOaiOj9_r5uZsOMv3UT7B4EWynM-GynPdgh6_l4PUgypemp83Dx6ZrWNe1AAkZu9K_JqexnZuAYUTVWCyc-OwiZSjizdjDIFYUy7JiNEUECwMJ2J8EOWAlNg/s1600/OLGA_N%257E1.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 264px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTs7z81gVhNOLZGBKSimnNOaiOj9_r5uZsOMv3UT7B4EWynM-GynPdgh6_l4PUgypemp83Dx6ZrWNe1AAkZu9K_JqexnZuAYUTVWCyc-OwiZSjizdjDIFYUy7JiNEUECwMJ2J8EOWAlNg/s320/OLGA_N%257E1.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5537648608594268274" /></a><br /><div style="BORDER-BOTTOM: medium none; TEXT-ALIGN: left; BORDER-LEFT: medium none; BACKGROUND-COLOR: transparent; COLOR: #000000; OVERFLOW: hidden; BORDER-TOP: medium none; BORDER-RIGHT: medium none; TEXT-DECORATION: none"><div style="text-align: justify;">Viver em comunidade não é fácil. Há quem nasça com essa vocação e pense no bem-estar geral em simultâneo com o bem-estar individual, podendo até, muitas vezes, pôr o bem-estar da comunidade à frente do seu próprio. Também há quem aprenda a ser assim, muitas vezes influenciado pelos vizinhos que acabam por se tornar amigos. Os problemas surgem quando algum indivíduo, membro dessa comunidade, não o sabe fazer. Nem quer aprender.</div><div style="text-align: justify;">Apetece-me falar um bocado do meu prédio. Quer dizer, não do prédio onde eu vivo, mas sim dum prédio imaginário, onde se juntam histórias de mau convívio. Neste prédio, que tanto pode ter apartamentos como utilizadores, há de tudo para todos os gostos. </div><div style="text-align: justify;">A minha vizinha acha-se dona do prédio. Então, tudo o que os outros decidam que vá contra a sua opinião, é boicotado por ela. Pode até nem ser nada de especial e ela até pode nem sequer ser afectada pela decisão. Mas se ela não concorda, então não se faz. Mesmo que ela seja a única a estar contra.</div><div style="text-align: justify;">Tenho outra vizinha que não mede o que diz. Não tem qualquer pejo em ofender os outros, com ou sem razão. Acha que a qualidade é definida por ela e que, se ela não gosta, os outros também não podem gostar.</div><div style="text-align: justify;">Já a vizinha do andar mais acima gosta, basicamente, de embirrar. Se está um dia de sol, ela diz que está de chuva. Se está frio ela diz que tem calor. Abrir as janelas nem por isso que faz corrente de ar. Mas se as deixamos fechadas então falta-lhe o ar.</div><div style="text-align: justify;">Quanto à do andar de baixo, é a moralista de serviço. Não quer prejudicar ninguém, todos temos direito a opinião, não vale a pena discutir porque haveremos de chegar a um consenso… Mas, quando lhe pedimos que pague o que deve, faz-se de esquecida.</div><div style="text-align: justify;">Subimos mais um andar e encontramos a vizinha que quer ser o centro das atenções. Mal de quem não a mimar com um olá ou uma visita. Anda no elevador para cima e para baixo à procura de quem a veja para poder aparecer. E quando não lhe dizem nada, daqui d’el rei que vem a casa abaixo.</div><div style="text-align: justify;">Se descermos um piso, teremos à nossa espera a víbora, aí, perdão que me enganei, neste piso temos a vizinha que só sabe dizer mal. De tudo e de todos. Preferencialmente pelas costas porque, pela frente, diz bem do interlocutor. O que fica sempre bem, como é óbvio.</div><div style="text-align: justify;">Estava a esquecer-me da vizinha do último andar. Esta jovem passa por nós no prédio e parece que todos lhe devemos e ninguém lhe paga. Nem um bom dia, nem um pequeno cumprimento. E, se for caso disso, até fecha a porta na cara dos vizinhos.</div><div style="text-align: justify;">Já a vizinha do andar térreo defende, com unhas e dentes, que não tem nada a ver com o telhado. Afinal, com tantos andares por cima da casa dela, não faz sentido que lhe estejam a dizer que tem de tratar do telhado.</div><div style="text-align: justify;">A vizinha do lado por mais que lhe peçam que tenha cuidado quando leva o lixo à rua, ou quando o cão sai de casa, ela não quer nem saber. Suja as escadas e o elevador com os pingos do lixo ou o cão faz as suas necessidades antes de chegar à rua e quem quiser que limpe.</div><div style="text-align: justify;">Poderia continuar a falar-vos das minhas vizinhas. Destas que não sabem nem querem saber como se vive em comunidade. Nestas que vivem no meu prédio, no teu prédio ou até num qualquer site da internet. Porque os casos acima descritos podem-se passar tanto num prédio, como num site, como num emprego. Basta que haja uma comunidade. E pessoas que não a respeitam.</div><div style="text-align: justify;">Não é difícil viver com os outros. Difícil é conviver com pessoas como as minhas vizinhas. Se respeitarmos os outros, se aceitarmos que podemos ter opiniões diferentes, se soubermos ouvir, se… quer dizer, no fundo, tantos ses resumem-se a respeito. Pelos outros. E ai sim, se todos se respeitassem e se dessem ao respeito, a vida em comunidade seria bastante mais agradável.</div></div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-31265544727430443252010-08-30T22:26:00.001+01:002010-08-30T22:28:15.053+01:00Violência escolar<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_IZ4iKAIwvcsNaY85byw98UlJEoXfi1PgvUOoElnfdDqZDHtcBfkrNx34H10SitQ00A1nG9OKz842noYrqJNfvAAjQaY7blT-cDlMPn-GA13uJwMeG0wCDc8ejQZawCvaDZKxLaUG-Cc/s1600/violencia_escolas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5511317688416540082" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 305px; CURSOR: hand; HEIGHT: 229px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_IZ4iKAIwvcsNaY85byw98UlJEoXfi1PgvUOoElnfdDqZDHtcBfkrNx34H10SitQ00A1nG9OKz842noYrqJNfvAAjQaY7blT-cDlMPn-GA13uJwMeG0wCDc8ejQZawCvaDZKxLaUG-Cc/s320/violencia_escolas.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">De vez em quando lá acordo virada para o lado contrário da cama, e dá-me para ir buscar temas estranhos.<br />(Ou pelo menos estranhos para mim… se bem que, pensando bem, até isto de escrever ainda é estranho para mim, pelo que posso pensar que qualquer tema sobre o qual eu escreva é estranho… mas adiante, que não é disto que trata a crónica de hoje)<br />Com a aproximação, a passos largos, do início de mais um ano escolar, adivinho que se estejam a aproximar também os temas de reportagem habituais a esse propósito. O custo do material escolar,<br />(Educação gratuita? Onde? Cada vez que o ano lectivo começa, os encarregados de educação começam a deitar contas à vida, ou à bolsa, para perceberem quanto vão gastar, assim duma assentada),<br />a qualidade do ensino, a ansiedade das crianças (e dos pais), o melhor sítio para as crianças se sentarem na sala, os colegas, os exames que hão-de realizar, o regulamento escolar, atrasos no inicio das aulas, o estatuto do aluno, etc.<br />Espera… o estatuto do aluno só saiu este ano, curiosamente foi publicado à meia dúzia de dias, não dando sequer tempo para que as escolas se preparem para o aplicar logo no início do ano escolar. Este tema, sendo novo, de certeza que vai dar azo a umas boas reportagens.<br />Claro que também se vai falar de violência escolar. Normalmente associada à violência entre alunos, ou de professores contra os alunos (muitas vezes associado, infelizmente a casos de pedofilia). Mas, e eu pergunto, e a violência contra os professores e auxiliares de educação, perpetrada pelos pais e/ou pelos alunos? Fala-se, à boca pequena, de que existem casos. Sabe-se que ali aconteceu um pai dar um par de estalos ao professor à frente dos alunos. Que aqui um aluno deu pontapés à professora porque não queria ir para a sala de estudo. Na outra escola um professor suicidou-se por não conseguir manter a ordem na sala. Aquela professora foi ameaçada por ter tirado o telemóvel à aluna. O outro professor levou com um cinzeiro na cabeça. A professora daquela turma teve uma navalha espetada em cima da mesa. Precisam de mais casos?<br />Muitos destes casos não chegam a passar para fora dos portões da escola, porque a vítima, o(a) professor(a), sabe que a nossa justiça é lenta, que muitos pais se desligaram da educação dos filhos<br />(ao ponto de eu ter ouvido, da boca dum pai duma criança de 8 anos, dirigido a um professor que tinha levado dois pontapés da referida criança, que “eu não faço nada dele, que quer você que eu lhe diga. Veja você se me pode ajudar”)<br />e que, se avançam com as queixas, ainda podem vir a sofrer represálias (do aluno, dos pais, da sociedade onde estão inseridos). Algumas vezes, esses professores os que são violentados, se forem pessoas mais fracas, acabam por se suicidar.<br />Meus caros, estamos a falar dum dos pilares de qualquer sociedade – os professores. São eles que ensinam, aos nossos filhos, uma boa parte dos conhecimentos que eles vão precisar para se tornarem adultos decentes, amados e respeitados pela sociedade. Mas não o fazem sozinhos. Nós, os pais, temos responsabilidades acrescidas. É a nós que cabe ensinar o fundamental – o respeito pelo próximo, pelos adultos, pelos mais velhos, por toda a gente. Enquanto não o conseguirmos fazer, com certeza que os professores também não o vão fazer.<br />Lembro-me, assim em jeito de fim de crónica, duma frase que li à uns tempos atrás e com a qual não podia concordar mais, por reflectir exactamente o que acabei de expor: “Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos que se esquece da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta."<br />E já agora, porque recordar é viver, diziam antigamente que os professores quando tinham que dar umas reguadas não se inibiam… alguns criticavam, outros apoiavam e ainda havia os que toleravam, mas certo era que o nosso Mundo era melhor, mais educado e com um melhor nível de conhecimento. Comparem, se quiserem ou se tiverem descernimento, bagagem e coragem para o fazerem de forma isenta.</div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-89209483647645809982010-07-10T22:03:00.001+01:002010-07-10T22:04:53.387+01:00Encontros e desencontros dum país empobrecido<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQHcO0SlZcIwa_z-cxEmDbu3fhijGWo7Sobjys1apG2Br4HBFXZ6MMXcSWmoV_SUSbzcdADQnV5iiAPakTxRlQRDQpPEE74NJeXbhGULAnjrz0ha8cW5mf737ebBjJOUFaPYRh3teVNnc/s1600/portugal.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5492386478960548546" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 274px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQHcO0SlZcIwa_z-cxEmDbu3fhijGWo7Sobjys1apG2Br4HBFXZ6MMXcSWmoV_SUSbzcdADQnV5iiAPakTxRlQRDQpPEE74NJeXbhGULAnjrz0ha8cW5mf737ebBjJOUFaPYRh3teVNnc/s320/portugal.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Hoje apeteceu-me escrever uma crónica diferente. Não tenho pretensões a analista política, nem sequer a analista social, mas, de facto, tal como de médico e de louco, se calhar também de analista todos temos um pouco… basta ouvir ou ler as notícias que vêem a lume. Ler ou ouvir atentamente, pois claro.</div><br /><div align="justify">No outro dia, por exemplo, fiquei estupefacta com a notícia de abertura dos telejornais portugueses – Cristiano Ronaldo foi pai. A minha área não é o jornalismo, mas aprendi, na altura em que o ensino era isso mesmo – ensino – que a notícia de abertura dum telejornal era a mais importante do dia. Então, das duas, uma. Ou as regras se alteraram algures no espaço e no tempo (e eu, que sou muito crédula até acredito que assim seja) ou então estamos a assistir a uma grande inversão de valores. Será que, no nosso país, é mais valorizado o facto de um qualquer futebolista ter sido pai do que, por exemplo, o facto de ter havido problemas de segurança nas praias da linha de Cascais provocados por lutas entre bandos rivais? (isto para não falar de problemas bem mais graves que Portugal atravessa e que tem sido relegados para terceiro ou quarto plano a favor dum campeonato do mundo de futebol ou coisa que o valha).</div><br /><div align="justify">Todos os dias fico ainda mais estupefacta com o estado a que o nosso país está a chegar. Quando julgo que nada mais me irá surpreender pela negativa, lá aparece mais uma notícia a provar que eu estava errada.</div><br /><div align="justify">Sem entrar em politiquices do género de qual é o melhor partido para governar Portugal, o que é certo é que devemos ser um dos poucos países do mundo que é (des)governado por um Primeiro-ministro sobre o qual, todos os dias, se levantam suspeitas e cuja equipa não se entende sobre os assuntos que interessam ao comum dos mortais. A título de exemplo, no sábado, o governo (essa entidade mística que ninguém sabe bem quem são) disse que era previsível que a taxa de desemprego continuasse a aumentar. Esta notícia não referia quem tinha sido o ilustre membro do não menos ilustre governo a dar esta previsão. Mas, na notícia seguinte, o Primeiro-ministro dizia que a taxa de desemprego vai diminuir até final do corrente ano. Afinal quem é que tem razão?... Bem, devemos ter, com a taxa de desemprego o mesmo problema que tivemos com a terceira travessia do Tejo. No mesmo dia vieram a público três opiniões diferentes, supostamente todas fiáveis e que reflectiam a posição do Governo.</div><br /><div align="justify">Mas há mais razões para eu achar que temos um país que, dia-a-dia, empobrece ainda mais. Crianças/adolescentes que, ao longo do ano lectivo, tem testes negativos, fraca participação nas aulas e que não conseguiram mostrar que sabiam a matéria dada, mas que passam de ano em prol das estatísticas. Crianças/adolescentes sujeitos a testes de aferição que são um atentado a quem se preocupou em estudar e que até os leva a sério. Professores que se suicidam porque tem medo de fazer frente aos alunos, ou que sentem a sua integridade física ameaçada por eles e/ou pelos pais. Pais que se descuram da sua responsabilidade de educadores porque não se podem aborrecer as crianças. Processos em tribunal que demoram anos a ser resolvidos. Adultos que, aos quarenta anos, são considerados velhos e acabados, e que, por causa da idade, não arranjam emprego. E isto é apenas a ponta do iceberg. </div><br /><div align="justify">Só lamento que, quem vai pagar caro esta factura, não é quem a criou. Não vamos ser nós, que estamos aqui hoje, que a vamos pagar. São os nossos filhos e netos. Quero acreditar que ainda estamos a tempo de mudar o futuro que lhes estamos a deixar. Assim se queira fazê-lo.</div><br /><div align="justify">Por indignação ou por direito a opinar, aqui fica registada a minha preocupação de hoje, dos problemas, que, infelizmente, já são reflectidos no presente e ainda serão mais no futuro. Todos já somos poucos para mudar e melhorar!</div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-21837210844174257742010-06-25T23:41:00.001+01:002010-06-29T11:52:46.052+01:00Missa de oitavo dia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFMHGhnS8qz4ve1Ph4VaoDlrGUaf1ZXvvSeEjYKw5n1ep37e8O81Q7gyY-pJWM_jtMh6E7WnMZYsoI6HSfaLlPife_AsaGNfiMFGX9U3pHHct8Q_QB19gGSYVzqwh0dWlBCD2-qQ5twUI/s1600/D_05.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5486845366346690002" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 246px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFMHGhnS8qz4ve1Ph4VaoDlrGUaf1ZXvvSeEjYKw5n1ep37e8O81Q7gyY-pJWM_jtMh6E7WnMZYsoI6HSfaLlPife_AsaGNfiMFGX9U3pHHct8Q_QB19gGSYVzqwh0dWlBCD2-qQ5twUI/s320/D_05.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Está interiorizado, na mente de quase todos (ou, pelo menos, dos católicos) que se deve, após a morte dum ente querido, celebrar a missa de sétimo dia. Talvez porque ao sétimo dia, Deus descansou e se entende que o defunto também está, finalmente, a entrar no seu período de descanso.</div><div align="justify">Sou católica mas confesso que não entendo a necessidade desta missa. Aliás, como não entendo muitas das cerimónias feitas em redor da morte, onde, muitas vezes, se usa, e abusa, dos sentimentos dos familiares para se ganhar dinheiro (e muito dinheiro mesmo).</div><div align="justify">Porque a morte nunca me fez confusão, e porque a aceito a com a naturalidade com que se aceita tudo o que é inevitável, resolvi, hoje, celebrar uma missa diferente. E porque nem sempre a missa do sétimo dia é celebrada no dia devido, hoje vou celebrar a missa do oitavo dia do meu avô.</div><div align="justify">O meu avô faleceu há pouco mais de sete anos. Tive, na véspera da sua morte, a oportunidade de lhe dizer o quanto o amava. Não há dia nenhum que não me lembre dele e que não sinta uma saudade enorme. Dele, do seu assobio inconfundível, das torradas que só ele sabia fazer e das conversas que tínhamos.</div><div align="justify">Avô, onde quer que estejas, sei que estás feliz por veres que, tal como me pediste, tenho cuidado da tua bisneta mais velha, tal como tenho cuidado do bisneto que sabias que ia nascer e me disseste logo que já não o irias conhecer. De certeza que também estás feliz por ver o teu outro bisneto, aquele que herdou o teu nome, a tornar-se num lindo menino e a cuidar da irmã que tem o nome da tua irmã. Avô, a tua história de amor com a avó abriu-me as portas para a escrita, sabias? Até nisso me acompanhaste. Ah, e sim, tenho entregue os impostos da avó como me pediste. E já viste, com certeza, que vai nascer mais um bisneto, filho do teu neto. </div><div align="justify">Como te prometi no dia do teu funeral, a todos os teus bisnetos falo de ti. Quero que eles saibam que nós, as mães deles, tiveram o melhor avô que se pode querer (ou, como a avó dizia, o melhor advogado de defesa).</div><div align="justify">Já percebeste também que a família continua unida como sempre foi. Umas discussões aqui, outras ali, mas nada nos afasta uns dos outros, como sempre quiseste. A nossa união mantêm-se por nós, mas também por ti, que foste, com a avó, a razão da existência desta família.</div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-16510054359921956652010-06-10T21:49:00.000+01:002010-06-10T21:50:53.240+01:00Férias numa Sesimbra invadida pelos franceses<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtBhU4rFZ_SfStW6C2zxAUD-RjxBAdYJediQoX5MViS6hn1lhUUnLoBS_glI-ZEzWXhitK2lbvYygh7QaGTQwfxktHD9tWsB4dm-UURP9HHCjomiYR2cn9BdP6-VL9RjbhhkFjetP5FaI/s1600/00006525.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5481250122400873938" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtBhU4rFZ_SfStW6C2zxAUD-RjxBAdYJediQoX5MViS6hn1lhUUnLoBS_glI-ZEzWXhitK2lbvYygh7QaGTQwfxktHD9tWsB4dm-UURP9HHCjomiYR2cn9BdP6-VL9RjbhhkFjetP5FaI/s320/00006525.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">A meio do terceiro período escolar, os meus pais mentiram-me: disseram, a mim e ao meu irmão, que tinham tirado dias de folga para irmos a Sesimbra. A mãe disse que o nosso carro ia para a oficina, e que tínhamos de ir ao aeroporto buscar o seu afilhado, que vinha da Madeira, no carro da tia. Mas a mãe também disse que, quando fossemos para o aeroporto, tínhamos de levar as malas porque a tia tinha de ir às compras e ia comprar muita coisa e as malas não iam lá caber. Eu e o Martim (o meu irmão) acreditamos. Eu e o Martim, que estávamos a fazer as malas, ouvimos a mãe dizer, alto e bom som, que íamos ver um avião por dentro.<br />Quando chegamos ao aeroporto, a mãe foi entregar as malas e mandou-nos irmos dar uma volta pelo aeroporto. Quando a mãe regressou, já sem as malas, fomos para a sala de espera do aeroporto. A mãe apontou para um avião e disse que era aquele que íamos visitar.<br />Passado um bocado, fomos para o avião vê-lo por dentro. A mãe disse que tínhamos de fingir que íamos voar e, portanto, tivemos de nos sentar.<br />Quando o avião estava prestes a levantar voo, entrei em pânico, e estava sempre a dizer: mãe vamos sair! Mãe vamos sair!...<br />E continuava desesperada, quando a mãe nos diz: Afinal não vamos para Sesimbra, vamos para Paris!<br />Eu fiquei de boca aberta e cada vez mais em pânico e perguntei: mãe, o piloto é experiente? Ele já fez muitos voos? Este avião é seguro?<br />E perguntei muitas mais coisas, ao que a mãe respondeu: sim, este avião é o mais seguro. A TAP (Transportes Aéreos de Portugal) é a companhia de aviões mais segura e ainda só teve um acidente com estes aviões mas foi há muito muito tempo.<br />Mais tranquila, sossegada e com menos pânico, deixei-me ficar sentada. Momentos depois, a mãe disse que o avião ia levantar voo e, na verdade, começou a andar.<br />- Tamos a andar – disse o Martim.<br />- Claro que estamos, não querias ficar aqui parado o tempo todo, Martim – murmurei eu, mas nem a mãe nem o Martim ouviram.<br />- Encostem-se, vamos começar a andar mais depressa e depois vamos voar!<br />E começamos mesmo a voar. Íamos a uma grande velocidade.<br />- França, aqui vamos nós! – disse eu – Paris, aqui vamos nós!</div><div align="justify"><br />Maggie, 9 anos<br /><br /><em><span style="font-size:85%;">Esta é a primeira parte da história das últimas férias em família, escrita pela minha filha e que eu, como mãe muito orgulhosa, resolvi mostrar-vos a todos.</span></em></div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-55201601597175108592010-06-08T20:37:00.002+01:002010-06-08T20:40:13.035+01:00Férias e outras loucuras<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpSQfd6cyAV3feERNfpK7Op522oXIReDPqXCvHMw1ItMSlO7Z7LIX_iWffREGqsgxTejDPqst5_yP4EyvcZmudeXIjmCV7jVt8MgcThRF1cWDn_aJq5yjmXWLy4x94dQXfZ_KRaP_jYZw/s1600/ferias.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5480489385287340066" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpSQfd6cyAV3feERNfpK7Op522oXIReDPqXCvHMw1ItMSlO7Z7LIX_iWffREGqsgxTejDPqst5_yP4EyvcZmudeXIjmCV7jVt8MgcThRF1cWDn_aJq5yjmXWLy4x94dQXfZ_KRaP_jYZw/s320/ferias.bmp" border="0" /></a>Estamos a chegar a mais um período de férias, daquelas férias que, nos meus bons tempos de escola, chamava de grandes. Eram quase três meses de descanso. A maior parte desse tempo era passado na casa dos meus avós maternos (os meus avós paternos faleceram antes de eu nascer), e, logo que os meus pais tinham férias, íamos todos para um outro lado. </div><div align="justify">Também acontecia, outras vezes, irmos com os meus avós para a praia ou para o campo, e, quando começavam as férias dos meus pais, eles iam lá ter para ficarmos todos juntos.</div><div align="justify">Se a maior parte das vezes o período de férias era passado no mesmo sítio, outras havia em que o carro era o nosso poiso e que fazíamos vários quilómetros por dia. Foi assim que conhecemos o Norte de Portugal. Mais raras eram as viagens para o estrangeiro, mas que também aconteceram. Nova Iorque e Londres foram as duas cidades que conhecemos em família, tal como o sul de Espanha. De quase todas as férias há histórias loucas que ficaram e que me fazem sorrir quando me lembro delas. Principalmente daquelas onde fui a protagonista (não necessariamente de forma positiva…).</div><div align="justify">Quando eu tinha cinco ou seis anos os meus avós alugaram um apartamento em Lagos para irmos os três para lá. Os meus pais iriam, passado uns dias, lá ter connosco, com a minha irmã do meio que teria ano e meio, dois anos. Fomos de comboio do Barreiro até Lagos e a viagem correu lindamente. Sempre gostei de viajar de comboio, estava com os avós que adorava e com quem estava diariamente e, além disso, tinha o meu Paulinho comigo (num aparte, o Paulinho era um palhaço com o corpo de pano e cheio de serradura. Ainda hoje o tenho apesar de ter um buraco enorme no nariz por onde está a perder a serradura). Tudo se conjugava para que não houvesse problemas. Excepto eu, que, assim que o comboio parou na estação de Lagos e nós saímos da carruagem, abri a goela, desatei a chorar como se me estivessem a matar, agarrada ao meu Paulinho e só me calei quando os meus avós (santos avós!) compraram o bilhete de regresso e entramos no comboio seguinte, que nos ia trazer de regresso ao Barreiro.</div><div align="justify">Passados uns tempos, talvez no ano seguinte, nova história com os mesmos protagonistas. Eu, os meus avós, um comboio e o Paulinho. E a minha irmã do meio. Apanhamos o comboio para irmos passar o dia a Tróia. Quando saímos na estação de Setúbal eu, por qualquer razão que ainda me escapa, tinha deixado o Paulinho dentro do comboio. Comecei com um berreiro como se não houvesse amanhã e o meu avô, coitado, só teve uma solução. Saltar para o comboio, que já estava em andamento enquanto gritava para a minha avô ir andando connosco para a praia que ele iria lá ter. Felizmente, como empregado da CP (Comboios de Portugal) não tinha de pagar bilhete e pode ir até à estação seguinte, e regressar sem problema (se bem que acredito que o meu avô teria feito exactamente o mesmo se isso implicasse custos para ele).</div><div align="justify">Se estas duas histórias se passaram quando eu era criança, a terceira história que vos trago passou-se quando eu tinha dezoito ou dezanove anos. Em minha defesa, e antes de me adiantar mais, quero explicar duas coisas. É que nunca gostei de discotecas, detesto sentir fumo nos olhos e adoro dormir. Dito isto, vamos voltar à história. Os meus pais resolveram oferecer, a eles e às três filhas uns dias em Londres. Como é óbvio, conhecer uma cidade como Londres implica levantar cedo, deitar tarde e andar muito. A determinada altura o cansaço instala-se (continuo a tentar defender-me) e tomamos atitudes estranhas (ou não… ou não). Os meus pais e as minhas irmãs quiseram ir conhecer aquela que, na época, era uma das maiores discotecas de Londres. E eu, que queria era ir dormir, resolvi fazer birra. Sim, birra. Daquelas de bater o pé e prender o burro. Com direito a lágrimas e tudo. Eu bem dizia que ia sozinha para o hotel, que me ardiam os olhos, que queria ir dormir mas ninguém me ligou. Fui verdadeiramente forçada a ir à discoteca. Sabem do que me lembro? De mim, a um canto, braços cruzados, olhos a arder, com umas trombas que mais parecia um elefante e furiosa porque os meus pais e as minhas irmãs estavam a divertir-se imenso… e a gozar comigo, pois claro.</div><div align="justify">As histórias não terminam aqui… há tantas, mas tantas, para contar das nossas férias em família que pode ser que volte a este tema. </div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-34841250986733209682010-06-06T10:45:00.002+01:002010-06-06T10:48:55.342+01:00Carta ao amor que mora longe<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7snzccDqi6TvGuXCKF8HAF3wN4b4Ln6kPJJFmQpMWR_kC694ziGnPZnJZ8juorq_OcV2AJbtyF7VkzIs51KCxrpWFdCVK6dXUhQXZNQLKPrKlSzl6WYlj32uN7-G5D4ESLTIg0qReAjg/s1600/6969814-md.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5479594606350301314" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 256px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7snzccDqi6TvGuXCKF8HAF3wN4b4Ln6kPJJFmQpMWR_kC694ziGnPZnJZ8juorq_OcV2AJbtyF7VkzIs51KCxrpWFdCVK6dXUhQXZNQLKPrKlSzl6WYlj32uN7-G5D4ESLTIg0qReAjg/s320/6969814-md.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:78%;"> Foto de Linda Veit </span><br /></div><div align="left">Tem dias assim meu amor<br />Que a alma se pinta de inverno<br />A distância cala as certezas<br />Perde-se o sentido de eterno<br /><br />Tem dias que o sol não devia nascer<br />Prolongar no dia a severa noite<br />Pendurar as horas na espera de ti<br />Saborear a ausência como açoite,<br /><br />Que me vergasta o querer<br />Dobra-me o sentir, veste-me de ti,<br />Despe-me de mim, já nada sou<br />Do que sonhei e construí.<br /><br />Vou riscar os dias do calendário<br />Todos os que sofro da tua ausência<br />Contar só os que vivo contigo<br />Porfiá-los por horas de pura demência<br /><br />Escreve-me na volta desta carta<br />Fala-me do teu desabrochar em flor<br />Dá-me ensejos, sorri-me de novo,<br />Que tem dias assim meu amor…<br /><br /><span style="font-size:85%;">José Alberto Valente</span></div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-47652946994675145572010-06-02T23:43:00.002+01:002010-06-02T23:45:25.231+01:00Crónicas da realidade num espaço irreal<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEtXwudXsqLeoBzgOmN3kQVjRtzGkBttB2USGHjDUKtkd0j-I5I2-axv2ov2wh04kVgkKZ8wUVsD4N1-p9x1ffZwjE8LUiYSF1tz_-vyYBok2M-ys3MTDV5PyYasEQC-N5wi7xqGGNxag/s1600/7934717-md.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5478310927605337970" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 230px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEtXwudXsqLeoBzgOmN3kQVjRtzGkBttB2USGHjDUKtkd0j-I5I2-axv2ov2wh04kVgkKZ8wUVsD4N1-p9x1ffZwjE8LUiYSF1tz_-vyYBok2M-ys3MTDV5PyYasEQC-N5wi7xqGGNxag/s320/7934717-md.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center"><span style="font-size:78%;">Foto de Alberto Pérez</span> </div><div> </div><div align="justify">Tratando-se a internet dum espaço irreal, ou, pelo menos, dum espaço não palpável, poder-se-ia pensar que a sua realidade nunca se cruzaria com a realidade da vida real.<br />No entanto a verdade é que, cada vez mais, são duas realidades que se cruzam muitas das vezes sem que os intervenientes tenham essa percepção. É um e-mail de trabalho que se envia para ali, é um amigo ou amiga que se reencontra por culpa das redes sociais, é um blogue que se visita e que, rapidamente, se torna local de peregrinação, é um texto que se coloca e que é mal interpretado por alguns e que leva a uma troca de palavras menos agradáveis. São amizades reais que nascem por força do convívio virtual num espaço irreal e outras que se perdem por se descobrir que aquela pessoa que julgávamos conhecer desde sempre, e de quem até gostávamos, não é quem pensávamos.<br />Cabem, neste espaço da internet, irreal ou virtual, histórias de todos os géneros, para todos os feitios e com todos os fins. Uns mais felizes que outros, alguns divertidos, outros mais sérios, este aqui com consequências más, aquele dali foi o melhor que podia ter acontecido.<br />E é engraçado, ou não, perceber que esta realidade já chegou até as mais altas esferas sociais!<br />Em suma, a realidade da internet não é nada mais, nada menos que uma transposição do que se passa na vida real.<br />O problema é que, muitas vezes, por se estar a coberto dum nickname e sem que nos vejam, baixa-se a guarda e tem-se atitudes que não se teriam em situações normais. Reside, neste factor, uma boa parte da culpa dos problemas que são conhecidos. Ninguém, no seu perfeito juízo, começa a dar os seus dados pessoais a alguém que tenha conhecido no café da esquina ou os afixa num placard do supermercado. Então o que leva a que dêem esses mesmos dados em salas de chat ou em sites?<br />É preciso reflectir sobre o que se disponibiliza na internet. Temos, neste espaço irreal, de respeitar a nossa própria privacidade como o faríamos num qualquer espaço real, com pessoas de carne e osso em vez de avatares ou nicknames.</div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-14691065072043091412010-05-31T22:20:00.002+01:002010-05-31T22:25:57.840+01:00Hoje não quero pensar...<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoqEme5am51LkiovuM4mzBXTHopigX5wlUK3K2YlY0YGmDS1Ar12BZfXFHqGwqX49rukX9_tql_ZKY3Y8RmaO9avVBNaRw6YmP2mh76HqaPBValrO4mM-zKmCEllklZpPcTZZHx1NJRfw/s1600/2656712-md.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5477547390619609666" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 226px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoqEme5am51LkiovuM4mzBXTHopigX5wlUK3K2YlY0YGmDS1Ar12BZfXFHqGwqX49rukX9_tql_ZKY3Y8RmaO9avVBNaRw6YmP2mh76HqaPBValrO4mM-zKmCEllklZpPcTZZHx1NJRfw/s320/2656712-md.jpg" border="0" /></a> <span style="font-size:78%;">Foto de G Steve</span></div><br /><div align="justify">Hoje não quero pensar nas crianças violentadas, física e psicologicamente, por adultos sem escrúpulos que se servem das mais diversas artimanhas para o fazer, tirando-lhes o direito à infância.</div><div align="justify">Hoje não quero pensar em quem sofre, todos os dias, as amarguras de não saber onde dormir na noite seguinte ou qual será a próxima refeição.</div><div align="justify">Hoje não quero pensar na crise, na falta de emprego e nas dificuldades que muitas famílias estão a passar, por culpa de poucos que (des)governam o nosso e outros países.</div><div align="justify">Hoje não quero pensar em xenofobia ou racismo.</div><div align="justify">Hoje não quero pensar no egoísmo que grassa por ai, na cultura do umbigo, no falem mais de mim do que nos outros.</div><div align="justify">Hoje não quero pensar na falsidade, na hipocrisia, no fingimento, na falta de respeito pelo outro.</div><div align="justify">Hoje não quero pensar nos pais, filhos e avós que se separam quando alguém morre e a herança (nem que seja apenas sentimental) fala mais alto que o amor familiar.</div><div align="justify">Hoje não quero pensar na falta de profissionalismo, nas pessoas que não assumem os seus próprios erros e que sacodem a culpa para cima dos outros.</div><div align="justify">Hoje não quero pensar na infelicidade que alastra por esse mundo fora.</div><div align="justify">Hoje, como ontem, e seguramente como amanhã, quero apenas pensar em contrariar esta sociedade que, aos poucos, está a perder a sua humanidade. Vivemos numa sociedade onde os comportamentos acima, aqueles em que eu não quero pensar, se estão a tornar predominantes. Onde começa a ser corriqueiro violar uma criança, onde há cada vez mais indigentes, onde os políticos se governam primeiro a eles e só depois o país. Onde uma pessoa com quarenta e poucos anos é despedida por ser velha, onde a justiça demora a ser aplicada (quando é). Os egoístas, hipócritas, xenófobos e racistas mostram-se, sem pudor porque sabem que, mesmo que sejam apanhados, haverá alguém que os defenda. E, principalmente, porque sabem que haverá sempre uma boa oportunidade de saírem ilesos desse percalço! Famílias que só são unidas enquanto não há problemas, onde se esquece que, gostar de alguém não é concordar com tudo o que ela diz ou faz.</div><div align="justify">Hoje só quero pensar em ser feliz. É o meu pequeno egoísmo. Ser feliz. Como sou. Porque só sendo feliz poderei continuar a ser quem sou e como sou. E isso não há quem me tire!</div><div align="justify">Hoje não quero pensar em perder o que de melhor possa ter! Não! Não quero pensar, hoje, amanhã e sempre!</div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-19391186722036676102010-05-29T01:06:00.002+01:002010-05-29T01:09:53.286+01:00Morre lentamente<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFNuVpnRlwU_ehnT2mRRngLqvarGzVkJ_-ZkgFXX8-U_5yHqfGAy2K-Iae7LNnpWA8aSJzoiMHmJfrchRQQJzBV2Mv8Yi4hsLcw1WQcqs4acu1S_suB4veU8B5t7tIcW59ECZnXqQFulk/s1600/7253531-md.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5476476864401049250" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 197px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFNuVpnRlwU_ehnT2mRRngLqvarGzVkJ_-ZkgFXX8-U_5yHqfGAy2K-Iae7LNnpWA8aSJzoiMHmJfrchRQQJzBV2Mv8Yi4hsLcw1WQcqs4acu1S_suB4veU8B5t7tIcW59ECZnXqQFulk/s320/7253531-md.jpg" border="0" /></a> <span style="font-size:78%;">foto de Andrey Mikhaylov</span></div><div align="center"><span style="font-size:78%;"></span> </div><div align="center"><span style="font-size:78%;"></span> </div><br /><br />Morre lentamente quem não viaja,<br />Quem não lê,<br />Quem não ouve música,<br />Quem destrói o seu amor-próprio,<br />Quem não se deixa ajudar.<br /><br />Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,<br />Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,<br />Quem não muda as marcas no supermercado,<br />não arrisca vestir uma cor nova,<br />não conversa com quem não conhece.<br /><br />Morre lentamente quem evita uma paixão,<br />Quem prefere O "preto no branco"<br />E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,<br />Justamente as que resgatam brilho nos olhos,<br />Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.<br /><br />Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,<br />Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,<br />Quem não se permite,<br />Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.<br /><br />Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante,<br />Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,<br />não perguntando sobre um assunto que desconhece<br />E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.<br /><br />Evitemos a morte em doses suaves,<br />Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o<br />Simples acto de respirar.<br />Estejamos vivos, então!<br /><br /><span style="font-size:85%;">Pablo Neruda</span>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-53610087108477024102010-02-12T23:03:00.001+00:002010-02-12T23:05:09.768+00:00Vida na Internet no Barreiro<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieEXqdf_whXPhhq2d9n3Q-T4abiRC3oV_dJbicSe7Ey9Ba40c6m0gQAzc0DAdmDaSz-gz8SI3-C978Hq__0abByjmFVyREofsRTyER3sog8FkHHQWril77VLsiTQS5WptfCiBiOTjRCUI/s1600-h/convite_rnagda_luna_pais_barreiro.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5437496858991382562" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 160px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieEXqdf_whXPhhq2d9n3Q-T4abiRC3oV_dJbicSe7Ey9Ba40c6m0gQAzc0DAdmDaSz-gz8SI3-C978Hq__0abByjmFVyREofsRTyER3sog8FkHHQWril77VLsiTQS5WptfCiBiOTjRCUI/s320/convite_rnagda_luna_pais_barreiro.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Caros amigos e amigas</div><br /><div align="justify">Depois das apresentações em Lisboa e Porto, chegou a vez da “Vida na Internet” ser apresentada na cidade onde nasci e onde sempre vivi. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Conto com a vossa presença.</div><br /><div align="justify"><strong>Convite</strong></div><br /><div align="justify">A autora, Magda Luna Pais, e a Temas Originais têm o prazer de o convidar a estar presente na sessão de apresentação do livro “Vida na Internet” a ter lugar no Auditório do Convento da Madre Deus Verderena, sito na Rua do Convento, Alto Seixalinho, no Barreiro, no próximo dia 19 de Fevereiro, pelas 20h. Obra e autora serão apresentadas pelo jornalista António Sousa Pereira, director do jornal digital “Rostos on-Line”.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Sinopse</strong></div><br /><div align="justify">“Vida na Internet” é o primeiro livro autónomo de Magda Pais, que compila as experiências que a autora viveu, ou que lhe foram relatadas por terceiros, enquanto internauta e frequentadora assídua de blogues e sites de literatura, dando-nos a sua visão pessoal das realidades sociais associadas. Encontramos ainda, neste livro, algumas explicações técnicas, dadas de forma acessível, permitindo, ao leitor, esclarecer dúvidas ou levantar questões sobre as quais nunca terá pensado. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Biografia</strong></div><br /><div align="justify">Magda Luna Pais nasceu em 1969 no Barreiro. É casada e mãe de dois filhos. Foi sempre uma leitora assídua, e nunca pensou em escrever até encontrar o site <a href="http://www.luso-poemas.net/">http://www.luso-poemas.net/</a> que veio alterar parte da sua vida. Deste site, onde exerce funções de moderadora, e do qual foi administradora, saíram novos amigos e ideias para este livro. Tem o seu próprio blogue <a href="http://stoneartportugal.blogspot.com/">http://stoneartportugal.blogspot.com/</a>, onde, para além dos seus textos, divulga textos de outros autores. Participou na Antologia Luso-poemas 2008, editado pela Edium Editores e na colectânea “A arte pela escrita”, editada pela ArtEscrita.</div><br /><div align="justify">Tem também o blog <a href="http://stoneartportugal.blogs.sapo.pt/">http://stoneartportugal.blogs.sapo.pt/</a> onde apenas publica textos da sua autoria.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Página da autora na editora</div><br /><div align="justify"><a href="http://www.temas-originais.pt/autores/magda_luna_pais.htm">http://www.temas-originais.pt/autores/magda_luna_pais.htm</a></div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-6819574747440489952010-02-07T19:47:00.001+00:002010-02-07T19:49:09.725+00:00Felicidade Interna Bruta<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuNyVetcT4kC1zrOm0O848FIflmq7gM91Ja5fsvl6EC3RLKlsKW4JAV59U967HDX1QyWPywnSoRV2YFsFTQbUoeyBMo-wbxAJfZIEnfoBtJ68TMU_5OELoCs-ZcA-iYzcYm8iznu5T85A/s1600-h/be-happy.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5435590715225967362" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 268px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuNyVetcT4kC1zrOm0O848FIflmq7gM91Ja5fsvl6EC3RLKlsKW4JAV59U967HDX1QyWPywnSoRV2YFsFTQbUoeyBMo-wbxAJfZIEnfoBtJ68TMU_5OELoCs-ZcA-iYzcYm8iznu5T85A/s320/be-happy.jpg" border="0" /></a>Estava a ler o jornal no outro dia e encontrei, por acaso, uma notícia sobre a Felicidade Interna Bruta.<br />Em determinada altura leram-me as mãos e disseram-me que, pelas linhas das mãos, eu devia ser uma pessoa feliz. E o curioso é que é verdade, é assim que me considero, uma pessoa feliz. Mas nunca tinha pensado qual seria o meu nível de Felicidade Interna Bruta e nem sequer conhecia o conceito.<br />Se o conceito foi fácil de encontrar, descobrir qual o escalão de felicidade em que me encontro não foi assim tão simples. É que a felicidade não é mensurável, ou, pelo menos, não é comparável. O que para mim pode ser um factor de incremento da felicidade, para outros poderá não o ser, o que, no fim, baralha a análise.<br />Se assim é, então porque é que me considero uma pessoa feliz? Bem, primeiro porque sou optimista. E os optimistas têm uma forte tendência para serem mais felizes que os pessimistas. É a velha história do copo meio vazio ou meio cheio. Se olharmos para o copo e pensarmos – já está meio vazio – associamos ao fim da bebida. Se olharmos e pensarmos – ainda tenho metade para beber – estamos a aproveitar, ao máximo, o que nos resta para beber. Parece-me óbvio. Poderia estar aqui umas quantas horas a dar exemplos de como a forma de olharmos para os acontecimentos influencia a maneira como os vivemos.<br />De um autor que desconheço, li, há uns dias, uma frase interessante sobre este mesmo tema – Se a vida lhe der um limão, faça uma limonada. Lá está, a forma como olhamos as coisas condiciona-nos.<br />Outro exemplo do que acabei de dizer apareceu hoje nas notícias. Em Washington está a cair um dos maiores nevões dos últimos 90 anos, sendo que a altura de neve está a aumentar cerca de 5 cm por hora. Apareceram várias pessoas a queixar-se, da neve, de terem de ficar fechados em casa e sabe-se lá mais do quê. Um senhor, de meia-idade, disse apenas, com um grande sorriso, “estamos a assistir à História”.<br />Além de optimista, gosto de me rir. Primeiro de mim. Sempre que faço algum disparate, ou me acontece alguma coisa ridícula, sou a primeira a rir-me de mim e a contar aos outros para que se possam rir também. Só assim me sinto com legitimidade para me rir dos outros. E rir sabe tão bem!!! Parece um cliché mas é verdade. Faz menos rugas que estar sorumbático, e contagia mais depressa quem está perto de nós.<br />Importa também concentrarmo-nos no que temos de bom na vida. E acreditem, há sempre alguma de coisa de bom. Se pensarmos primeiro nas coisas boas e depois nas coisas más, elas, as más, vão-nos parecer menos significativas que as boas. É às boas que devemos dar importância e é com elas, as coisas boas da vida, que nos devemos deitar todos os dias. Se assim for, de certeza que, no dia a seguir, acordamos com as coisas boas na memória e com as más relegadas para terceiro ou quarto plano.<br />Não querendo parecer egoísta, é também importante que eu me sinta bem, que faça o que gosto e que me preocupe em atingir os objectivos a que me propôs (seja em que campo for). Se assim for, sentir-me-ei melhor do que se estiver a fazer algo que não queira ou não goste.<br />Sem querer fazer um tratado de auto ajuda, ou coisa que o valha, estas são as minhas formas de aumentar a minha Felicidade Interna Bruta. Cabe, a cada um de vós, descobrir qual a forma que deve usar, sendo certo que o importante é ser feliz. Como dizia o saudoso Raul Solnado “façam o favor de ser felizes”<br /><br /><br /><br /><span style="font-size:78%;">Felicidade Interna Bruta (FIB) ou Gross National Happiness (GNH) é um conceito de desenvolvimento social criado em contrapartida ao Produto Interno Bruto (PIB).<br />O termo foi criado pelo rei do Butão Jigme Singye Wangchuck, em 1972, em resposta a críticas que afirmavam que a economia do seu país crescia miseravelmente. Esta criação assinalou o seu compromisso de construir uma economia adaptada à cultura do país, baseada nos valores espirituais budistas. Tal como vários outros valores morais, o conceito de Felicidade Interna Bruta é mais facilmente entendido a partir de comparações e exemplos do que definido especificamente.<br />Enquanto os modelos tradicionais de desenvolvimento têm como objectivo primordial o crescimento económico, o conceito de FIB baseia-se no princípio de que o verdadeiro desenvolvimento de uma sociedade humana surge quando o desenvolvimento espiritual e o desenvolvimento material são simultâneos, complementando-se e reforçando-se mutuamente. Os quatro pilares da FIB são a promoção de um desenvolvimento socioeconómico sustentável e igualitário, a preservação e a promoção dos valores culturais, a conservação do meio ambiente natural e o estabelecimento de uma boa governação. (retirado da Wikipédia)</span></div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-45902621593503917272010-01-22T21:33:00.001+00:002010-01-22T21:35:24.448+00:00Vida na Internet e Traços do Destino no Porto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwmKDEAyhyphenhyphenNHw8szi5jBgRmqm8F_2o8vSEOd9wqKbCTVBZ_VAwBoNc10wXKBfCmXLFsejMXGKwdq_URpWmm6BtGGO_SJy5yr_clLq3JDG1o6lAy9nlHWoqFDmb3ihjNlqYjhIEhuKNskA/s1600-h/pt_dupla_apr.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5429680788927662914" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 160px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwmKDEAyhyphenhyphenNHw8szi5jBgRmqm8F_2o8vSEOd9wqKbCTVBZ_VAwBoNc10wXKBfCmXLFsejMXGKwdq_URpWmm6BtGGO_SJy5yr_clLq3JDG1o6lAy9nlHWoqFDmb3ihjNlqYjhIEhuKNskA/s320/pt_dupla_apr.jpg" border="0" /></a><br />As autoras, Magda Luna Pais e Vera Sousa Silva, e a Temas Originais têm o prazer de o convidar a estar presente na sessão de apresentação dos livros “Vida na Internet” e “Traços do Destino” a ter lugar no Ateneu Comercial do Porto, sito na Rua Passos Manuel, 44, Porto, no próximo dia 30 de Janeiro, pelas 16:00.<br /><br />Obras e autoras serão apresentadas pelo Dr. Ivo Dias Sousa e pelo escritor José Ilídio Torres, respectivamente.<br /><br /><strong>Vida na Internet<br /></strong>(Ensaio)<br /><br />Sinopse: “Vida na Internet” é o primeiro livro autónomo de Magda Pais, que compila as experiências que a autora viveu, ou que lhe foram relatadas por terceiros, enquanto internauta e frequentadora assídua de blogues e sites de literatura, dando-nos a sua visão pessoal das realidades sociais associadas. Encontramos ainda, neste livro, algumas explicações técnicas, dadas de forma acessível, permitindo, ao leitor, esclarecer dúvidas ou levantar questões sobre as quais nunca terá pensado.<br /><br /><strong>Traços do Destino<br /></strong>(Contos)<br /><br />Sinopse: Vera Sousa e Silva relata-nos, em linguagem fácil mas profundamente humana, as emoções com que constrói cada uma das suas personagens e lhes empresta um cunho de autenticidade. (do Prefácio, por Vítor Cintra)<br /><br /><strong>Sobre as Autoras:<br /></strong><br /><em>Magda Luna Pais/Pedra Filosofal</em> nasceu em 1969 no Barreiro. É casada e mãe de dois filhos. Foi sempre uma leitora assídua, e nunca pensou em escrever até encontrar o site www.luso-poemas.net que veio alterar parte da sua vida. Deste site, onde exerce funções de moderadora, e do qual foi administradora, saíram novos amigos e ideias para este livro. Tem o seu próprio blogue http://stoneartportugal.blogspot.com, onde, para além dos seus textos, divulga textos de outros autores. Participou na Antologia Luso-poemas 2008, editado pela Edium Editores e na colectânea “A arte pela escrita”, editada pela ArtEscrita.<br /><br /><em>Vera Sousa Silva</em> nasceu em Lisboa, a 27 de Janeiro de 1974. Em 2007 lançou o seu primeiro livro de poesia "Pétalas Soltas" pela Corpos Editora e, em Fevereiro de 2009, "Amar-te em Silêncio", pela Edium Editores. Em 2007 participou na antologia de poesia do site Luso-Poemas no género poesia e, em 2008, com prosa poética. Escreve com assiduidade no seu blog (www.prosas-e-versos .blogspot.com) e no site de poesia: www.luso-poemas.net. No mesmo site participou em alguns concursos, vencendo em Dezembro de 2006 o Concurso “Poema de Natal” e em Junho de 2008 o “Concurso do Vinho”, ambos na vertente de poesia, o que, desde 2006, lhe valeu o direito a condição de Membro de Honra.Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-938354244813367452009-12-31T01:05:00.003+00:002009-12-31T01:07:12.858+00:00Receita de ano novo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZgPTRZZSj0kIY3QlnugQI4tEL9_Sfc5Iu8Ey_lW1c6a3FTWwNeusZo6KoNiUX-SkgVu-qemaf6yDqRgPY75BqQa3PGk5tK6fv7tofs9KCxcbVS3Pzi20RpsIn9y8AGqpnK_So7fpmodU/s1600-h/1217642359U2qGo2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5421200326632380962" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 216px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZgPTRZZSj0kIY3QlnugQI4tEL9_Sfc5Iu8Ey_lW1c6a3FTWwNeusZo6KoNiUX-SkgVu-qemaf6yDqRgPY75BqQa3PGk5tK6fv7tofs9KCxcbVS3Pzi20RpsIn9y8AGqpnK_So7fpmodU/s320/1217642359U2qGo2.jpg" border="0" /></a> Para você ganhar belíssimo Ano Novo<br />cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,<br />Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido<br />(mal vivido talvez ou sem sentido)<br />para você ganhar um ano<br />não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,<br />mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;<br />novo<br />até no coração das coisas menos percebidas<br />(a começar pelo seu interior)<br />novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,<br />mas com ele se come, se passeia,<br />se ama, se compreende, se trabalha,<br />você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,<br />não precisa expedir nem receber mensagens<br />(planta recebe mensagens?<br />passa telegramas?)<br /><br />Não precisa<br />fazer lista de boas intenções<br />para arquivá-las na gaveta.<br />Não precisa chorar arrependido<br />pelas besteiras consumadas<br />nem parvamente acreditar<br />que por decreto de esperança<br />a partir de Janeiro as coisas mudem<br />e seja tudo claridade, recompensa,<br />justiça entre os homens e as nações,<br />liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,<br />direitos respeitados, começando<br />pelo direito augusto de viver.<br /><br />Para ganhar um Ano Novo<br />que mereça este nome,<br />você, meu caro, tem de merecê-lo,<br />tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,<br />mas tente, experimente, consciente.<br />É dentro de você que o Ano Novo<br />cochila e espera desde sempre.<br /><br /><span style="font-size:85%;">Carlos Drummond de Andrade</span>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-76329485854393589992009-12-13T22:46:00.003+00:002009-12-13T22:51:17.428+00:00Agradecimentos<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCQ6HsX-5qP2mfDSZc5RahCr6Qcfcg9f7t9LTMEP0_Px2IX1_07BDrA9pcvSqw35mq22fw25yumq4Nk8w84rl_5HZ7GRbPv1G4zYHw3-CMrSenXAZs0RcAnFv-snkD93K6iKAI1mXLVFQ/s1600-h/_MG_0020.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5414856263144748018" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 214px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCQ6HsX-5qP2mfDSZc5RahCr6Qcfcg9f7t9LTMEP0_Px2IX1_07BDrA9pcvSqw35mq22fw25yumq4Nk8w84rl_5HZ7GRbPv1G4zYHw3-CMrSenXAZs0RcAnFv-snkD93K6iKAI1mXLVFQ/s320/_MG_0020.jpg" border="0" /></a> (Ivo, Magda, Paulo)</div><br /><div align="justify">Começo esta minha intervenção por vos agradecer a todos por estarem aqui presentes.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Este é um dia especial para mim, dia que realizo um sonho que nunca tive. Passo a explicar…</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Nunca foi minha pretensão editar um livro. Na verdade, até há cerca de dois anos, nem sequer pensava em escrever ou publicar textos meus, fosse em blogues ou onde fosse. Acompanhava alguns blogues, lia aqui e ali textos que me interessavam e lá deixava a minha opinião, quando me apetecia.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Estão aqui hoje, neste auditório, algumas das pessoas que me levaram a dar os primeiros passos nesse sentido. A Vera Sousa Silva foi talvez das primeiras pessoas a fazê-lo, quando me disse, numa livraria aqui bem perto, que gostava de ler os comentários que eu deixava nos textos publicados no site luso-poemas e que tentava lê-los a todos, tendo terminado a perguntar-me porque é que não tentava escrever um texto independente. Lembro-me, na altura, de pensar que esta conversa não fazia sentido algum, porque, ao contrário da Vera, eu não escrevia.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Hoje, dois anos mais tarde, a Vera continua a ser quem mais força faz para que eu continue a escrever, apoiando-me incondicionalmente e corrigindo os meus textos. Vera, soa a muito pouco dizer-te obrigado, quer pela amizade que nos une, quer por tudo quanto fazes.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Aqui ao meu lado, está sentado o Paulo Afonso Ramos. Antes de ser editor, é, e será sempre, um amigo. Um amigo daqueles com quem se conta desde a primeira hora. Também ele é um dos responsáveis pelo iniciar, do meu percurso literário (se é que se pode chamar assim), cabendo-lhe a árdua tarefa de, em conjunto com a Vera, fazer a correcção dos meus textos e de me incentivar a escrever. Obrigado Paulo porque, sem ti, não estaria sentada nesta mesa como autora.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Para poder estar aqui hoje, neste lugar, há muita gente a quem devia agradecer. Pessoas que acreditaram, antes de mim, que ainda tenho dúvidas, nas minhas capacidades para a escrita e que me diziam que, um dia, ainda haveria de editar um livro. É quase impossível nomear toda a gente, por isso que me perdoem aqueles que não mencionar.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Quero ainda agradecer ao António e à Manuela. Primeiro porque, num domingo qualquer, há onze anos atrás, estiveram uma tarde na minha casa a instalar o modem de acesso à Internet no meu computador, bem como alguns programitas. Dei, nesse dia, os meus primeiros passos nesse mundo maravilhoso que serve de base ao meu livro. Foram também eles que me deram o apoio imprescindível para que este livro saísse das minhas mãos com o que eu entendia ser fundamental. Ajudaram-me na minha pesquisa e corrigiram-me sempre que foi oportuno.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">A internet é um mundo maravilhoso do qual, hoje em dia, quase todos usufruem. Em 1998 ainda não era assim. Foi nesse ano que, através da internet e dum programa chamado ICQ, conheci o autor da foto da capa, Miguel Pais. Obrigado marido pela tua paciência e por teres conseguido fazer a capa perfeita. Só a foto da capa, para mim, já vale o livro todo. O Miguel é, comigo, co-autor de duas crianças lindas, a Margarida e o Martim, que estão aqui hoje e a quem mando um beijo especial.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">O mundo gigantesco da Internet não pára de surpreender. Umas vezes de forma negativa (e lembro-me aqui, por exemplo, de que foi por e-mail que soube da morte dum amigo, real e virtual, que tinha conhecido através do ICQ, o Paulo Pires, que, acredito, gostaria de estar aqui hoje) e outras vezes de forma positiva. Isto para vos dizer que foi também através da internet, e por um feliz acaso, que conheci o Ivo, que apresentou, de forma magistral, o meu livro. Logo que o conheci, pedi-lhe que fizesse esta apresentação porque, tal como o João Sortudo, também eu acredito que, "quando um coelho está numa encruzilhada deve procurar a opinião de outros coelhos com mais experiência e sucesso no assunto em causa”. Foi o que fiz. Deixem-me aqui abrir um parêntesis para vos explicar que o João Sortudo é um coelho e que é a personagem principal do último livro do Ivo – Um Coelho Cheio de Sorte – cuja leitura recomendo vivamente. Obrigado Ivo.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Ao Pedro Batista, também conhecido por Xavier Zarco, amigo e editor, apesar de ausente, tenho também de lhe agradecer por ter acreditado neste projecto e por não o ter deixado cair no esquecimento. Obrigado Pedro porque, sem ti, não estaria aqui sentada nesta mesa, como autora. Implicitamente, e ao agradecer aos dois editores, o Paulo e o Pedro, estou também a agradecer à Temas Originais. Uma editora nova mas que se tem estado a afirmar no panorama editorial português. Passo a passo, dando oportunidade aos autores de realizarem o seu sonho, vai espalhando, por livrarias em quase todo o país, o resultado desses sonhos. São livros excelentes, a maioria em poesia, mas que também conta, no seu catálogo, com outras vertentes literárias.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Toda a minha família, avós, pais, tios, irmãs, soube sempre da minha paixão pela leitura, que nasceu ainda muito nova, quando frequentava a primária. Tenho de lhes agradecer terem incentivado essa minha paixão, porque, se hoje escrevo é porque também leio. Já agora, e porque falo na família, agradeço também às minhas irmãs, Mónica e Marta, e à minha tia Lucília pelo cocktail de hoje. Ainda na vertente familiar, faço aqui uma menção especial a duas pessoas que já não se encontram entre nós. O meu cunhado André que ainda soube que este livro ia nascer mas que, infelizmente, faleceu antes de o poder ver, e o meu avô Manuel, falecido há sete anos, e cuja história de amor, com a minha avó, serviu de mote ao primeiro texto que escrevi – Momento Oportuno. Sei que ambos ficariam satisfeitos de aqui estarem hoje. Sei que eu gostaria que aqui estivessem.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Este livro, como facilmente percebem pelo título, é sobre um pouco de mim e de nós, os que desfrutamos desta mais-valia conhecida como Internet. “Vida na Internet” nasceu dum desafio. Porque não passar a escrito as minhas experiências enquanto internauta e visitante assídua de blogues e sites. Aceitei fazê-lo mas quis que, além da minha visão enquanto utilizadora, o livro tivesse informações que permitissem, a quem se sente quase infoexcluido, perceber do que se fala, quando se recorre a termos como posts, sites, blogues, etc. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Tentei também abordar temas polémicos, quer na Internet, quer no chamado mundo real, como o plágio e o sexo, assim como temas mais consensuais, como os blogues e o mundo que os rodeia.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">O meu objectivo foi tentar juntar as informações úteis que já referi, com algumas histórias vividas por mim e por amigos meus, enquanto internautas, na esperança de conseguir cativar o leitor para que leia esta “Vida na Internet” com entusiasmo e que encare a utilização da internet como um factor positivo.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Sinceramente, diverti-me enquanto o escrevia. Espero que também se divirtam a ler.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Este foi o meu discurso de ontem, dia em que lancei o meu primeiro livro. Aproveito a oportunidade, aqui e agora, de agradecer também a alguns luso-poetas.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Ao José Torres, porque sempre acreditou que eu sabia escrever, mesmo antes de eu o fazer. Insistiu tantas vezes para que o fizesse de uma forma criativa e não para comentar os textos dos outros e transcrever lendas antigas, que acabei por o fazer.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">À Fly, ao António MR Martins e à Luísa Martins, porque sempre acreditaram que eu iria editar um livro, antes mesmo de eu própria acreditar.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">À Rosa Maria Anselmo, Sandra Fonseca e Amora por me incentivarem a escrever.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">E a todos os que me lêem, obrigado por o fazerem.</span></div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-74034322076374705612009-12-06T17:11:00.006+00:002009-12-06T17:23:39.440+00:00Vida na Internet<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv0IlZc6jrYHRzh7D57gnx8k0tJJFPFIEL0rN5xCEXQhsq2EyG41zeTQWLGZ3c1HkmEZvSR60hCWBc3QFqtCkgppxmTtbQN9KV7sne9WhcNIE-ndndzoUThqcMsh6YQxmlaNtQ31LfP8k/s1600-h/Final02.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5412174313123799746" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 214px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv0IlZc6jrYHRzh7D57gnx8k0tJJFPFIEL0rN5xCEXQhsq2EyG41zeTQWLGZ3c1HkmEZvSR60hCWBc3QFqtCkgppxmTtbQN9KV7sne9WhcNIE-ndndzoUThqcMsh6YQxmlaNtQ31LfP8k/s320/Final02.jpg" border="0" /></a> <span style="font-size:78%;">Foto de Miguel Pais</span><br /><br /><br /><div align="justify">(...) Há vida na internet. Muito mais que a virtualidade do que se lá passa, há mesmo vida. Tudo foi concebido e pensado para nós, utilizadores, mas com imenso trabalho e dedicação, e, se hoje nos basta clicar num simples botãozinho para termos acesso ao mundo, falar com amigos reais ou virtuais, foi porque alguém passou de um sonho a uma realidade. Muitos dos que têm hoje blogues e partilham as suas artes em sites, bem o podem agradecer a Homens que idealizaram este mundo virtual. (...)<br /></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Vera Sousa Silva</span></div><div align="justify"> </div><div align="justify">(...) Encontramos, neste livro, diferentes realidades, abordadas pela autora, quer pela sua experiência pessoal, quer por experiências de terceiros, histórias diferenciadas e outras formas que o ser humano conquista para crescimento do seu ego, tentando passar a mensagem do risco deste mundo, correndo, ela própria, o risco de passar uma mensagem que pudesse ser lida de forma errada, ao escrever sobre um mundo gigantesco, como é o da Internet. (...)</div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Paulo Afonso Ramos</span></div><div align="justify"><br />“Vida na Internet” é o primeiro livro autónomo de Magda Pais, que compila as experiências que a autora viveu, ou que lhe foram relatadas por terceiros, enquanto internauta e frequentadora assídua de blogues e sites de literatura, dando-nos a sua visão pessoal das realidades sociais associadas. Encontramos ainda, neste livro, algumas explicações técnicas, dadas de forma acessível, permitindo, ao leitor, esclarecer dúvidas ou levantar questões sobre as quais nunca terá pensado.</div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Sinopse</span></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5412174111530756626" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 160px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_mEps5sZjmB9OcE7mhLduLiTAY7NLIbIa6VxE6BaY6_Caamg_aFsW4LME-_VpIAnDTgMusz4Snsoqasg6YoIO_I9yjXAlIOAXXsSez6krbCYu8lDYFpmxCQDXhEeMJHWA4ftvQ6gBNiM/s320/convite_rnagda_luna_pais_lisboa.jpg" border="0" /></div></div><p align="justify"><span style="font-size:85%;">A autora, <strong>Magda Luna Pais/Pedra Filosofal</strong>, e a Temas Originais têm o prazer de o convidar a estar presente na sessão de apresentação do livro “Vida na Internet” a ter lugar no Auditório do Campo Grande, 56, em Lisboa, no próximo dia <strong>12 de Dezembro, pelas 19h</strong>. Obra e autora serão apresentados pelo Dr Ivo Dias de Sousa. A sessão contará ainda com momentos musicais por Sandra Rodrigues.</span></p>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-42750045136839657342009-12-01T22:52:00.003+00:002009-12-01T22:56:46.130+00:00Deficiências<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwrzE5iiaXHoaWWp5sAqPnNJig-LSkI0ak1PITbyiM__hdkLL3IayKjKzZNdLkv-es5Y0lyVBdtXiR1uPKs2-LAMDMUMHg5bJvIcbw3Z6Ozlsl5JpgdSJ5Bt7Zww1MgV92LSiX3EJAEU8/s1600/8642990-lg.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5410404618811254738" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 232px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwrzE5iiaXHoaWWp5sAqPnNJig-LSkI0ak1PITbyiM__hdkLL3IayKjKzZNdLkv-es5Y0lyVBdtXiR1uPKs2-LAMDMUMHg5bJvIcbw3Z6Ozlsl5JpgdSJ5Bt7Zww1MgV92LSiX3EJAEU8/s320/8642990-lg.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:78%;"> Foto de Rarindra Prakarsa</span></div><br /><br /><div align="justify"><em>Deficiente</em> é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.</div><div align="justify"><em>Louco </em>é quem não procura ser feliz com o que possui.</div><div align="justify"><em>Cego</em> é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.</div><div align="justify"><em>Surdo</em> é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.</div><div align="justify"><em>Mudo</em> é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.</div><div align="justify"><em>Paralítico </em>é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.</div><div align="justify"><em>Diabético </em>é quem não consegue ser doce.</div><div align="justify"><em>Anão</em> é quem não sabe deixar o amor crescer.</div><div align="justify">E, finalmente, a pior das deficiências é ser <em>miserável</em>, porque </div><div align="justify">A amizade é um amor que nunca morre.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Mário Quintana</span></div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-51436590813793652872009-11-24T21:20:00.004+00:002009-11-24T21:23:46.714+00:00Resquícios de uma paixão<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIsEW39Zs2fMYvrnmjEfPcJk7X0ZM2iQEBNm6QFFXtJF6x19QHDscjRgvB913q2-QPeZWYTKgg-0Nh_AFQG_s1qCfjuQly4XYOBAdMxn9H7rQODf54700JnvztA46x666K2rMfrgfqiw8/s1600/5746632-lg.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5407783554959397490" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 181px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIsEW39Zs2fMYvrnmjEfPcJk7X0ZM2iQEBNm6QFFXtJF6x19QHDscjRgvB913q2-QPeZWYTKgg-0Nh_AFQG_s1qCfjuQly4XYOBAdMxn9H7rQODf54700JnvztA46x666K2rMfrgfqiw8/s320/5746632-lg.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:78%;"> Foto de Verisan Julian</span></div><br />Reparei em ti...<br />pela penumbra do toldo<br />do café da Praça Grande.<br />Desde logo<br />equacionei algo...<br />muito diferente<br />do anteriormente<br />perspectivado.<br />Idealizei-te em sonhos<br />de nuvens pinceladas<br />entre flocos de luz.<br />Meus olhares<br />se situaram<br />numa insistência<br />sem sentido...<br />Facto por ti<br />reprovado,<br />pelo teu afastamento...<br />sem mácula!<br />Mas eis que sorris<br />e as estrelas brilham<br />em cores de suave primavera.<br />Passaste lesta<br />pelos meandros<br />da minha vida.<br />Teu rasto<br />se desvaneceu,<br />com indiferença.<br />Foste passagem,<br />de todo,<br />despercebida!...<br />Mas ficou a lembrança<br />guardada no meu peito<br />que te reclama na saudade.<br /><br /><br /><span style="font-size:85%;">Vera Sousa Silva & António MR Martins<br /></span><div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div><br /><br /><div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5407783289058460306" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 160px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZxjpr-zR7QPOAYtxtg1xPB_abjxRb31VCO2yTnKdrzVn7b1cDDrYiB-A4c90Oru_5HzIChSyb2NfW4_AEMhOexSG8VsiBN167VA7A_E4RB-xntaiEpOCiQiB1nWpuXNLEqP9lircLWRQ/s320/lisboa_dupla_apresenta.jpg" border="0" /></div></div></div><br /><p> </p><p><span style="font-size:85%;">Os autores, António MR Martins e Vera Sousa Silva, e a Temas Originais têm o prazer de o convidar a estar presente na sessão de lançamento dos livros “Quase do Feminino” e “Traços do Destino” a ter lugar no Auditório do Campo Grande, 56, Lisboa, no próximo dia 28 de Novembro, pelas 16:00. Obras e autores serão apresentados por Catarina Boavida e Carlos Teixeira Luís, respectivamente.</span></p>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-71448714496295833092009-11-06T17:37:00.002+00:002009-11-06T17:38:54.182+00:00(in)justiça<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhklZeOFaP7yeMDi4izVTpyr7tFyKEJ2FYyzHadRPIvkzb8b3WXLS7QRnCsP-543HAULZ7OkOGxNKsV4gIBj_aUMpnjBX-IosVNA8x3Eq-BXv8xNSwcXs_5r7Ur-DZ7FM5ea48VzeYyB7k/s1600-h/injustica-7.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5401046470171657490" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 225px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhklZeOFaP7yeMDi4izVTpyr7tFyKEJ2FYyzHadRPIvkzb8b3WXLS7QRnCsP-543HAULZ7OkOGxNKsV4gIBj_aUMpnjBX-IosVNA8x3Eq-BXv8xNSwcXs_5r7Ur-DZ7FM5ea48VzeYyB7k/s320/injustica-7.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Em Julho de 2008 Filipe interpôs, no Tribunal de Família e Menores, uma acção de alteração de regulamentação de poder paternal por achar que a sua filha, Elsa de 12 anos, a residir com a mãe, se encontrava negligenciada e em risco.<br />Estamos em Novembro de 2009. Passaram-se 16 meses e esta acção que, por envolver uma menor, deveria já ter tido o seu desfecho, pouco ou nada avançou desde que foi entregue.<br />Infelizmente basta olhar para as notícias dos jornais ou falar com alguns advogados para sabermos que este caso não é único. Quase todas as acções judiciais, envolvam menores ou não, no nosso país, demoram anos nos tribunais, avançando a um passo demasiado lento.<br />Como é do conhecimento geral, o tempo, para as crianças, é diferente do nosso. Razão pela qual acredito, mas corrijam-me se estiver enganada, que as acções judiciais que envolvem menores que possam estar em risco, devem ser analisadas e julgadas com a maior brevidade, de modo a se evitar que continuem em situações que ponham em causa a sua segurança, saúde e bem-estar. Só agindo de forma rápida é que se pode contribuir para que o comportamento do menor envolvido seja moldado de forma a se tornar um adulto consciente e responsável. Infelizmente, na maioria dos casos, quem pode, de alguma forma, ajudar a resolver os problemas dos menores – os tribunais - é inoperante e burocrático quando deveria ser rápido e eficaz.<br />Num estado de Direito como Portugal, que subscreveu a convenção sobre os direitos da criança e que se considera democrático e desenvolvido, é de lamentar que os tribunais funcionem desta forma, não ajudando os cidadãos que a eles recorrem para resolverem os problemas que lhes surgem e para as quais não encontram solução, principalmente quando estão em causa crianças e jovens que serão os adultos de amanhã.<br />Ouve-se falar, várias vezes, que, em Portugal se respeita o interesse superior das crianças, tal como determina a Convenção mencionada acima. Ora, eu então pergunto, onde é que o interesse superior das crianças está a ser tido em conta se os processos judiciais que as envolvem demoram anos a ser julgados? Onde é que a família está a ter a assistência necessária para promover o bem-estar da criança se os Tribunais Portugueses são inoperantes e burocráticos, não se pronunciando, em tempo útil, sobre as acções que lhe são entregues, tendo em vista zelar pelo bem-estar de menores que se acredita estarem a ser negligenciados?</div><br /><div align="justify"><br /><em>* Os nomes são falsos, a situação é, infelizmente, real.</em></div><br /><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Notas técnicas: </span></div><br /><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">De acordo com lei portuguesa, uma criança está em risco quando se encontra numa das seguintes situações: abandonada ou vive entregue a si própria; sofre maus-tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais; não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal; é obrigada a actividades ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade, dignidade e situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento; está sujeita, de forma directa ou indirecta, a comportamentos que afectem gravemente a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional ou assume comportamentos ou se entrega a actividades ou consumos que afectem gravemente a sua saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais, o representante legal ou quem tenha a guarda de facto se lhes oponha de modo adequado a remover essa situação.<br />A convenção sobre os direitos da criança (assinada por Portugal a 26 de Janeiro de 1990), determina que crianças são todos os seres humanos com idade inferior a 18 anos, salvo se, nos termos da lei que lhe for aplicável, atingir a maioridade mais cedo.<br />Considera ainda esta convenção que a família, elemento natural e fundamental da sociedade e meio natural para o crescimento e bem-estar de todos os seus membros, e em particular das crianças, deve receber a protecção e a assistência necessárias para desempenhar plenamente o seu papel na comunidade, devendo todas as decisões relativas a crianças, adoptadas por instituições públicas ou privadas de protecção social, por tribunais, autoridades administrativas ou órgãos legislativos, ter, primacialmente, em conta o interesse superior da criança.<br />Diz ainda a Declaração dos Direitos da Criança de 1959, que Portugal, enquanto membro da ONU, também subscreveu, que todas as crianças terão direito a protecção especial e ser-lhe-ão proporcionadas oportunidades e facilidades, por lei e por outros meios, a fim de lhe facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade.</span></div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-60521168640268798052009-11-03T22:32:00.000+00:002009-11-02T13:36:21.631+00:00Um quadro paralelo<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEk9iT1ENDpGfheQp7-GyEBdFvXY9M218Ty5a8PZVtZsKfdnH6CUzEd6T4Mq0mrwr5F1I9WuaU21SvkMHT6wJ4PHeieGS0EZy3q3a1l4T3CdT-Dwqo6I_EAGel2Pju48FfcWRVZzuDjNQ/s1600-h/8839134-md.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5394056713153878242" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 213px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEk9iT1ENDpGfheQp7-GyEBdFvXY9M218Ty5a8PZVtZsKfdnH6CUzEd6T4Mq0mrwr5F1I9WuaU21SvkMHT6wJ4PHeieGS0EZy3q3a1l4T3CdT-Dwqo6I_EAGel2Pju48FfcWRVZzuDjNQ/s320/8839134-md.jpg" border="0" /></a> <span style="font-size:78%;">Foto de Karolos Trivizas </span><br /><br /><br /><br /><br /><div align="justify">Um caminho de terra batida, ente árvores gigantes, sem fim. A brisa, que empurrava o meu corpo, fazendo-me caminhar na direcção ao desconhecido. As árvores, que me cumprimentavam ao acenarem levemente. E eu, perdidamente esquecido do tempo, acumulava os passos por contar na busca do mistério desse caminho. </div><br /><div align="justify">O sol, meu aliado, dava-me algum alento, recordo, que através da luz iluminava o meu trilho. </div><br /><div align="justify">De nada mais recordo. Não sei como tudo começou nem de onde vim. Não sei do propósito com que iniciei, nem tão-pouco como aqui cheguei. Um caminho, é tudo o que tenho, de terra batida entre árvores gigantes, e por instantes, deixo-me cair no vazio da memória. Nada acontece. Nada. O caminho e as árvores permanecem imutáveis. E eu, um louco extravagante invento histórias para atrair a vida.<br /></div><br /><br /><div align="left"><span style="font-size:85%;">Paulo Afonso Ramos</span></div></div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-38622874039235305562009-11-01T12:57:00.001+00:002009-11-01T12:59:37.212+00:00As Bruxas...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzU9KAP5xLMpFEkPZvV_5aRdxMHlDxJ9AirYRX_FIQQwU7kpgm_IqUk36jVwQJCl5a-F7GZu3ApUj1Vz2y-rNgV6upMM1Q8ATnyY4Lr6Q4cb32ppvrhIkjuS01QoymcslITKNkQBG4X6E/s1600-h/halloween2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399118733379932930" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzU9KAP5xLMpFEkPZvV_5aRdxMHlDxJ9AirYRX_FIQQwU7kpgm_IqUk36jVwQJCl5a-F7GZu3ApUj1Vz2y-rNgV6upMM1Q8ATnyY4Lr6Q4cb32ppvrhIkjuS01QoymcslITKNkQBG4X6E/s320/halloween2.JPG" border="0" /></a><br /><div>Sem ser supersticioso,<br />nem ter medo de "mésinhas"...<br />Talvez seja receoso!!!<br />De quê?...Vê lá se adivinhas?<br /><br />Em "bruxas" acreditar?!!!<br />Se existem, eu não sei bem...<br />Mas prefiro evitar<br />os seus olhares de desdém...<br /><br />É vê-las à meia-noite,<br />numa noite de luar...<br />Não há ninguém que se afoite,<br />para as bruxas enfrentar...<br /><br />Em caldeirões, na fogueira,<br />fervilham as "maldições"...,<br />numa sopa "mixordeira",<br />de "unhas", "sapos" e "tritões"...<br /><br />E depois de muitos gritos,<br />blasfemas, discussões...,<br />nos caldeirões vão ser fritos<br />"entranhas" e "corações"...<br /><br />E antes do Sol raiar,<br />com seus chapéus de "cartuchas",<br />nas vassouras vão voar,<br />em "magotes", essas BRUXAS...</div><div><br /><span style="font-size:85%;">António Boavida Pinheiro</span></div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-55937699883411772752009-10-24T23:48:00.002+01:002009-10-24T23:58:07.555+01:00A força das palavras<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb3M0LfT9z7ts5QuNFI-1QoY5TKO2QNqMAnL7qxgKJj8oox917aDKLHkI0TRGsgRn0Wqdwtydpda2K_8ukgdjNG5ED3EbL2D-PZn0PcA8u7htIa9ud7ky_1xA4dPAVBh1FrwXG-m8UpOA/s1600-h/7693375-lg.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396304540046671522" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 214px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb3M0LfT9z7ts5QuNFI-1QoY5TKO2QNqMAnL7qxgKJj8oox917aDKLHkI0TRGsgRn0Wqdwtydpda2K_8ukgdjNG5ED3EbL2D-PZn0PcA8u7htIa9ud7ky_1xA4dPAVBh1FrwXG-m8UpOA/s320/7693375-lg.jpg" border="0" /></a> <span style="font-size:78%;">Foto de Floriana Barbu</span></div><br /><div align="justify">Vens do tempo e estarás no tempo e a tua palavra estará no vento e será espalhada pela terra. A tua palavra será o fogo que transforma todas as coisas. A tua palavra estará na água e será espelho da língua. A tua palavra terá olhos e verá, terá ouvidos e ouvirá, terá tacto para mentir com a verdade e dirá verdades que parecerão mentiras. E com a tua palavra poderás regressar à quietude, ao princípio onde nada é, onde nada está, onde tudo o que foi criado regressa ao silêncio, mas a tua palavra despertá-lo-á e terás de nomear os deuses e terás de dar vozes às árvores e farás com que a natureza tenha língua e falará por ti o que é invisível e torna-se-á visível na tua palavra. E a tua língua será palavra de luz e a tua palavra, pincel de flores, palavra de cores que, com a tua voz, pintará novos códices</div><br /><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Laura Esquível, in A Malinche</span></div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-72388405765736306852009-10-18T22:10:00.002+01:002009-10-18T22:14:47.383+01:00Retrato<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRqX3LgTPi8h_USdovdvdz_LnWq6_7iMnXspN75HuvcqzDe-gLC5jBL6cluM1PSq357_mmDRbo5GhIEiIhwoi96gk42r4dMHjZaNUfkAUr4QTCaS0G9Q5UYdo3H6Xp4lozTneZg0t4IAc/s1600-h/1867838-lg.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5394050818911292882" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 241px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRqX3LgTPi8h_USdovdvdz_LnWq6_7iMnXspN75HuvcqzDe-gLC5jBL6cluM1PSq357_mmDRbo5GhIEiIhwoi96gk42r4dMHjZaNUfkAUr4QTCaS0G9Q5UYdo3H6Xp4lozTneZg0t4IAc/s320/1867838-lg.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:78%;"> Foto de Aguiar Thierry</span><br /><br /><div align="justify">Eu não tinha este rosto de hoje,</div><div align="justify">assim calmo, assim triste, assim magro,</div><div align="justify">nem estes olhos tão vazios,</div><div align="justify">nem o lábio amargo.</div><div align="justify">Eu não tinha estas mãos sem força,</div><div align="justify">tão paradas e frias e mortas;</div><div align="justify">eu não tinha este coração</div><div align="justify">que nem se mostra.</div><div align="justify">Eu não dei por esta mudança,</div><div align="justify">tão simples, tão certa, tão fácil:</div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">– Em que espelho ficou perdida</div><div align="justify">a minha face?</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Cecília Meireles</span></div></div>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-43613109329768599712009-10-08T21:39:00.002+01:002009-10-08T21:44:52.526+01:00Gaivota<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip2lukB6iEcYv9SUJJIAcCoSRX_ioGqfgK4McACTk0kVXZutNELrFf70WtJohd8r_xZui-Oq-4JLR8-Uxsu12UsXZFd1HcbSSasS0A9PoCIqc0CN4DlOhDmhK7zStUFA8X-VfFPnX3NRQ/s1600-h/5392856-lg.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5390332262411950754" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 214px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip2lukB6iEcYv9SUJJIAcCoSRX_ioGqfgK4McACTk0kVXZutNELrFf70WtJohd8r_xZui-Oq-4JLR8-Uxsu12UsXZFd1HcbSSasS0A9PoCIqc0CN4DlOhDmhK7zStUFA8X-VfFPnX3NRQ/s320/5392856-lg.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:78%;"> Foto de Carlo Magnatti</span></div><br />Se uma gaivota viesse<br />trazer-me o céu de Lisboa<br />no desenho que fizesse,<br />nesse céu onde o olhar<br />é uma asa que não voa,<br />esmorece e cai no mar.<br /> <br />Que perfeito coração<br />no meu peito bateria,<br />meu amor na tua mão,<br />nessa mão onde cabia<br />perfeito o meu coração.<br /> <br />Se um português marinheiro,<br />dos sete mares andarilho,<br />fosse quem sabe o primeiro<br />a contar-me o que inventasse,<br />se um olhar de novo brilho<br />no meu olhar se enlaçasse.<br /> <br />Que perfeito coração<br />no meu peito bateria,<br />meu amor na tua mão,<br />nessa mão onde cabia<br />perfeito o meu coração.<br /> <br />Se ao dizer adeus à vida<br />as aves todas do céu,<br />me dessem na despedida<br />o teu olhar derradeiro,<br />esse olhar que era só teu,<br />amor que foste o primeiro.<br /> <br />Que perfeito coração<br />no meu peito morreria,<br />meu amor na tua mão,<br />nessa mão onde perfeito<br />bateu o meu coração.<br /><br /><span style="font-size:85%;">Alexandre O'Neill</span>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2202472246534967717.post-38943597722781864702009-10-04T23:03:00.000+01:002009-10-04T23:05:34.168+01:00A morte<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis-Z5mnNotdhTLkCpVM-_jrdonXKzFnQQ7VtSptoGAgjW0gMYByU06wqK6geIqHEURJHS6O1erVEefY3wSLz4zd4fXu1lK3LnRKBzmqKdkj6wf9xbulU9xY8vyGwCGTwv2Bv33F3HBevU/s1600-h/2195649-md.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5388869073395463074" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 269px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis-Z5mnNotdhTLkCpVM-_jrdonXKzFnQQ7VtSptoGAgjW0gMYByU06wqK6geIqHEURJHS6O1erVEefY3wSLz4zd4fXu1lK3LnRKBzmqKdkj6wf9xbulU9xY8vyGwCGTwv2Bv33F3HBevU/s320/2195649-md.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:78%;"> Foto de Paul David Athey</span></div><br />A morte vem de longe<br />Do fundo dos céus<br />Vem para os meus olhos<br />Virá para os teus<br />Desce das estrelas<br />Das brancas estrelas<br />As loucas estrelas<br />Trânsfugas de Deus<br />Chega impressentida<br />Nunca inesperada<br />Ela que é na vida<br />A grande esperada!<br />A desesperada<br />Do amor fratricida<br />Dos homens, ai! dos homens<br />Que matam a morte<br />Por medo da vida.<br /><br /><span style="font-size:85%;">Vinicius de Moraes</span>Pedra Filosofalhttp://www.blogger.com/profile/16028616321900845004noreply@blogger.com1