Ter um filho pirata, como o meu, é sinónimo de problemas, uns atrás dos outros. A mente dele anda bastante mais à frente que qualquer um dos adultos que o rodeia (e, ás vezes, acho que até à frente dele próprio). À mente, juntem-se umas mãos nervosas e prontas a mexer em tudo e temos um pequeno pirata pronto a meter-se (e a meter-nos a todos) em sarilhos.
Daria quase um livro todas as aventuras e desventuras que já aconteceram por ele ser assim. A primeira aventura digna de nota foi quando ele tinha 14 meses. A nossa amiga e vizinha da frente estava a falar comigo no patamar das escadas e ele resolveu passar ao lado dela e fechar a porta de casa dela, com ele – e as chaves – do lado de dentro: só com a intervenção da polícia e dos bombeiros é que se conseguiu abrir a porta para o tirar de lá.
Uma das últimas foi, sem dúvida, a que poderia ter tido consequências mais graves.
Conseguiu encontrar, perdidos lá por casa, uns fósforos daqueles usados normalmente para acender as lareiras e levou para o quarto. Passadas umas horas descobrimos que os lençóis da cama estavam queimados e que, dentro das gavetas de plástico, onde estão os seus desenhos, estavam vários fósforos usados.
Depois de passar o primeiro susto, resolvemos, eu e o pai, manter a calma e explicar-lhe quais os riscos das brincadeiras com o fogo. Como me pareceu insuficiente, falei com um amigo, sub-chefe dos bombeiros, e marcamos uma visita ao quartel.
Fomos os quatro, acompanhados do sub-chefe (que teve a paciência de esclarecer todas as dúvidas) e do Yuli, um cão treinado para a busca e salvamento. Pudemos ver os carros dos bombeiros, as ambulâncias e perceber exactamente para que servia cada um deles.
O meu pirata teve ainda a oportunidade de conhecer casos em que as crianças tinham feito o mesmo que ele e que não tinham tido a mesma sorte.
Mas, além da componente pedagógica que, só o tempo poderá dizer se resultou, ou não, esta visita teve, para mim, o condão de aumentar a minha admiração pelos bombeiros, principalmente pelos voluntários. Homens e mulheres que prescindem do seu tempo livre, do tempo que podiam dar às famílias para protegerem as matas e florestas, para ajudar quem está doente, socorrer outros em caso de acidentes… e, que, em troca, recebem, na maioria dos casos, a indiferença da população que os rodeia. Noutros casos (felizmente mais raros) chegam a ser mal tratados por quem tentaram socorrer.
Porque é uma entidade sem fins lucrativos, porque nos peditórios e sorteios a população não colabora, porque a Câmara, que tem a seu cargo a protecção civil, pouco os ajuda, tem de ser os próprios a acudir aos “fogos” financeiros dentro da corporação. Vêm-se, literalmente, gregos e troianos para fazer face a todas as despesas que estão inerentes à sua actividade mas nada disso lhes retira a vontade de estarem sempre alerta para ajudar a população.
Assim estivesse a população alerta para as necessidades dos bombeiros.
Daria quase um livro todas as aventuras e desventuras que já aconteceram por ele ser assim. A primeira aventura digna de nota foi quando ele tinha 14 meses. A nossa amiga e vizinha da frente estava a falar comigo no patamar das escadas e ele resolveu passar ao lado dela e fechar a porta de casa dela, com ele – e as chaves – do lado de dentro: só com a intervenção da polícia e dos bombeiros é que se conseguiu abrir a porta para o tirar de lá.
Uma das últimas foi, sem dúvida, a que poderia ter tido consequências mais graves.
Conseguiu encontrar, perdidos lá por casa, uns fósforos daqueles usados normalmente para acender as lareiras e levou para o quarto. Passadas umas horas descobrimos que os lençóis da cama estavam queimados e que, dentro das gavetas de plástico, onde estão os seus desenhos, estavam vários fósforos usados.
Depois de passar o primeiro susto, resolvemos, eu e o pai, manter a calma e explicar-lhe quais os riscos das brincadeiras com o fogo. Como me pareceu insuficiente, falei com um amigo, sub-chefe dos bombeiros, e marcamos uma visita ao quartel.
Fomos os quatro, acompanhados do sub-chefe (que teve a paciência de esclarecer todas as dúvidas) e do Yuli, um cão treinado para a busca e salvamento. Pudemos ver os carros dos bombeiros, as ambulâncias e perceber exactamente para que servia cada um deles.
O meu pirata teve ainda a oportunidade de conhecer casos em que as crianças tinham feito o mesmo que ele e que não tinham tido a mesma sorte.
Mas, além da componente pedagógica que, só o tempo poderá dizer se resultou, ou não, esta visita teve, para mim, o condão de aumentar a minha admiração pelos bombeiros, principalmente pelos voluntários. Homens e mulheres que prescindem do seu tempo livre, do tempo que podiam dar às famílias para protegerem as matas e florestas, para ajudar quem está doente, socorrer outros em caso de acidentes… e, que, em troca, recebem, na maioria dos casos, a indiferença da população que os rodeia. Noutros casos (felizmente mais raros) chegam a ser mal tratados por quem tentaram socorrer.
Porque é uma entidade sem fins lucrativos, porque nos peditórios e sorteios a população não colabora, porque a Câmara, que tem a seu cargo a protecção civil, pouco os ajuda, tem de ser os próprios a acudir aos “fogos” financeiros dentro da corporação. Vêm-se, literalmente, gregos e troianos para fazer face a todas as despesas que estão inerentes à sua actividade mas nada disso lhes retira a vontade de estarem sempre alerta para ajudar a população.
Assim estivesse a população alerta para as necessidades dos bombeiros.
AI MARTIM MARTIM!
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