terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um quadro paralelo

Foto de Karolos Trivizas




Um caminho de terra batida, ente árvores gigantes, sem fim. A brisa, que empurrava o meu corpo, fazendo-me caminhar na direcção ao desconhecido. As árvores, que me cumprimentavam ao acenarem levemente. E eu, perdidamente esquecido do tempo, acumulava os passos por contar na busca do mistério desse caminho.

O sol, meu aliado, dava-me algum alento, recordo, que através da luz iluminava o meu trilho.

De nada mais recordo. Não sei como tudo começou nem de onde vim. Não sei do propósito com que iniciei, nem tão-pouco como aqui cheguei. Um caminho, é tudo o que tenho, de terra batida entre árvores gigantes, e por instantes, deixo-me cair no vazio da memória. Nada acontece. Nada. O caminho e as árvores permanecem imutáveis. E eu, um louco extravagante invento histórias para atrair a vida.


Paulo Afonso Ramos

1 comentário:

  1. Os abraços que me faltam

    Os abraços que me faltam
    São guerreiros de olhar terno
    Punidos pelo brilho do gesto
    Que recuou ao dar-se…
    Os abraços que tenho
    São imortalizados
    Por mãos apertadas
    Que se abrem em concha
    No sorriso que deixam ficar…
    Os abraços que desejo
    São os que não caem
    À minha passagem
    Quando dobro a esquina
    Do meu olhar demorado…

    Manuela Fonseca

    Acabei de o cozinhar, ainda está quentinho o suficiente para te dar UM ABRAÇO!

    Beijinhos***

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Por falta de tempo nem sempre poderei retribuir a sua visita ao meu espaço, mas agradeço-a desde já.