quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Procuro-te (a ti)
Procuro nos teus braços
Ouvir o silêncio do teu sussurro
Tua voz terna e meiga em murmúrios
De riacho na pedra
Procuro na tua pele
Visões de planície sem fim
Suave feno agitado pelo vento
Em afagos perturbadores
Procuro nos teus seios
Generosidade de fêmea
Serras de cumes gémeos
Deslizando para abismos
Procuro no teu ventre esse abismo
Que me deslumbra em movimentos
De mar encapelado, espuma orgástica
Que bate em areia dourada.
Procuro tuas ancas que enfim me aconchegam.
Teus olhos de mar dizem-me
O que os teus lábios calam.
Amor de horizontes, amor sem fim.
(José Alberto Valente)
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Uma excelente escolha!
ResponderEliminarO poema é belíssimo, sensual e de uma ternura infinita.
Beijinhos para ti e para o Poeta