terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Serenamente


Foto tirada no Gerês, por mim

Na carreira de tiro,
Em tapete verde alcatifado
Vereda a cair
Nas varandas do Gerês,
Serra que escorrega,
Desfalece na corrente do Homem
Rio, que rasga granito
Impetuoso e vibrante.
Colhi uma flor
Que arranquei pela raiz
Flor de campo,
Bravia e cheirosa
Que a rola branca
Debicou.
Alva pena me deixou
Em troca da flor
Que me levou.
E como é linda e macia!
Nem se devia chamar pena
Se pena se chama
Às mágoas da alma.
Vai rola branca
Entrega a minha flor ao vento…
José Alberto Valente

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