quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O céu tem mais uma estrela



Nestes dias cinzentos e chuvosos, torna-se mais difícil pensar na morte. É que a vida sem sol e o dia sem céu fazem mais cinzenta a tristeza com que o mundo encara a morte.
Pergunto-me, muitas vezes, como é possível viver, olhando a morte como o fim? Que sentido teria a vida, se tudo acabasse na morte?
É que, se a morte fosse o fim, a vida seria, toda ela, uma condenação, um longo e insuportável caminhar para o abismo do nada.
Se assim fosse, restava-me fazer como tantos fazem, distraindo-se de si próprios, acelerando a vida numa vertigem que não os deixa pensar no passado ou no futuro, mas tão só no louco instante do momento.

(anónimo)

Este foi o texto escolhido para que eu lesse, pela morte de um grande amigo, que me acompanhava há mais de dez anos e com quem eu contava em todas as ocasiões. Ele sabia bem que também podia contar comigo.
André, prometi-te o que os dois sabemos. Sempre nos entendemos, sei que sabes que o farei, a todo o custo.
Vais fazer falta. A todos os que tiveram o prazer de conviver contigo, a todos a quem dirigiste o sorriso lindo que tinhas. É assim, a sorrir, que te vamos lembrar. E a verdade é que, enquanto nos lembrarmos de ti estarás vivo nos nossos corações.

3 comentários:

  1. Terão as palavras algum sentido em momentos como estes?
    Este texto emociona pela crueza de uma realidade que teimamos em esquecer...
    Os meus sentimentos e um abraço à família!
    Vóny Ferreira

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Por falta de tempo nem sempre poderei retribuir a sua visita ao meu espaço, mas agradeço-a desde já.