terça-feira, 6 de maio de 2008
GPS do coração
Dei ao GPS o teu nome
Ele fingiu não ter ouvido
Em vez de me dizer por onde
Cantou-me a canção do bandido
Insisti dando-lhe a tua morada
Em outra língua me falou
Que, por ti, era enganada
Pois outra aquela morada perguntou
Disse que o deitava fora
Se outra morada me dissesse
Levou-me então embora
Sem que nada me prometesse
Chegamos então a uma praia
Dando-me ele as coordenadas
Com as rodas escreveu na areia
O nome das tuas namoradas
Olhei para o mar e pedi
Que me ajudasse a compreender
Pensava que era única para ti
Que só a mim me irias querer
O mar a onda baixou
Trazendo a espuma às minhas lágrimas
E com calma me explicou
Que era ali que as beijavas
Existe sempre algo que nos guia
Muitas vezes contra qualquer razão
Dê sempre ouvidos e sorria
Ao GPS do coração...
Poema de Vanda Paz (Tália)
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Mais um belo monento de uma grande poetisa.
ResponderEliminarParabéns Pedra por alimentares a nossa alma com tão belos poemas.
Beijos
Luis