Logo a seguir a ter nascido a minha filha comecei a pensar como seria ter dois filhos. Cresci acompanhada de duas irmãs, tinha (e tenho) um amigo que é meu irmão de coração e, claro, queria o mesmo para a Margarida. Como o meu marido também tem três irmãos não foi difícil convencê-lo.
Não queríamos uma diferença muito grande de idades entre os dois. A nossa ideia era, quando nos víssemos livres de fraldas e biberões seria de vez.
O dia em que soube que estava grávida do Martim ficou marcado por dois acontecimentos. Nesse dia o meu sobrinho saiu da maternidade, e o meu avô, quando lhe dei a notícia chorou, pediu-me que não lhe dissesse mais nada porque não ia conhecer este bisneto. Morreu um mês mais tarde.
Faz hoje cinco anos que nasceu o Martim. A gravidez correu melhor que a primeira. Vomitei, é certo mas muito menos que da primeira vez. Se calhar porque tinha menos tempo para pensar no assunto. A minha filha ocupava-me os dias.
Quando saí da maternidade a minha filha e o meu marido foram-me buscar. Lembro-me de ouvir aquela voz linda da Margarida a perguntar se podíamos levar aquele mano que estava no quarto comigo. Tinha visto vários bebés no berçário mas preferia aquele. É claro que lhe fizemos a vontade.
Foi um bebé bastante mais calmo que a irmã. Ainda bem, porque eu estava com os dois em casa. Tentei sempre que nenhum dos dois se sentisse abandonado em detrimento do outro. Nunca coloquei sequer a hipótese dela ir para casa da avó como ia quando eu estava a trabalhar. A casa não seria a mesma sem ela.
Outro detalhe que os diferençou foi que ele nunca quis adormecer ao colo. Chorava quando estava mais tempo ao colo do que o estritamente necessário – para comer, mudar de sítio ou de fralda.
Quando ele começou a andar nós descobrimos o que era não estar parados. E começou cedo a querer dar os primeiros passos, mais não fosse até perto das coisas que queria partir – na sua ânsia, claro, de descobrir do que eram feitos.
É uma criança alegre, bem-disposta e, acima de tudo, malandra. Muito malandra mesmo. Gosta de pregar partidas à irmã (para desespero dela… e nosso) e aos colegas da creche. Os brinquedos que recebe duram muito pouco tempo. Quero acreditar que é porque gosta de ver como funcionam…
Tem dias em que desespera qualquer um. Está sempre a tentar descobrir uma forma diferente de fazer asneiras. E o pior é que, normalmente, consegue.
Consegue aliar a vontade de fazer disparates à vontade de ser um adulto. Ou mais crescido. O que o leva a corrigir os comportamentos dos amigos da idade dele para aquilo que pensa ser correcto. Muitas vezes, e nos casos em que os conflitos não são criados por ele, tenta mediar de modo a resolver, sem intervenção dos adultos. Tal como a irmã prefere programas educativos a desenhos animados. Gosta de aprender, mas não tudo, apenas as coisas que lhe despertam atenção.
E é carinhoso. Muito carinhoso. Mas apenas e só quando assim o entende.
Apesar de nunca estar descansada quando estou com ele (ou mesmo quando não estou, porque nunca sei o que ele vai fazer a seguir), não trocaria este desassossego pelo descanso que seria ter apenas a Margarida. Eles completam-se. E completam-me.
Não queríamos uma diferença muito grande de idades entre os dois. A nossa ideia era, quando nos víssemos livres de fraldas e biberões seria de vez.
O dia em que soube que estava grávida do Martim ficou marcado por dois acontecimentos. Nesse dia o meu sobrinho saiu da maternidade, e o meu avô, quando lhe dei a notícia chorou, pediu-me que não lhe dissesse mais nada porque não ia conhecer este bisneto. Morreu um mês mais tarde.
Faz hoje cinco anos que nasceu o Martim. A gravidez correu melhor que a primeira. Vomitei, é certo mas muito menos que da primeira vez. Se calhar porque tinha menos tempo para pensar no assunto. A minha filha ocupava-me os dias.
Quando saí da maternidade a minha filha e o meu marido foram-me buscar. Lembro-me de ouvir aquela voz linda da Margarida a perguntar se podíamos levar aquele mano que estava no quarto comigo. Tinha visto vários bebés no berçário mas preferia aquele. É claro que lhe fizemos a vontade.
Foi um bebé bastante mais calmo que a irmã. Ainda bem, porque eu estava com os dois em casa. Tentei sempre que nenhum dos dois se sentisse abandonado em detrimento do outro. Nunca coloquei sequer a hipótese dela ir para casa da avó como ia quando eu estava a trabalhar. A casa não seria a mesma sem ela.
Outro detalhe que os diferençou foi que ele nunca quis adormecer ao colo. Chorava quando estava mais tempo ao colo do que o estritamente necessário – para comer, mudar de sítio ou de fralda.
Quando ele começou a andar nós descobrimos o que era não estar parados. E começou cedo a querer dar os primeiros passos, mais não fosse até perto das coisas que queria partir – na sua ânsia, claro, de descobrir do que eram feitos.
É uma criança alegre, bem-disposta e, acima de tudo, malandra. Muito malandra mesmo. Gosta de pregar partidas à irmã (para desespero dela… e nosso) e aos colegas da creche. Os brinquedos que recebe duram muito pouco tempo. Quero acreditar que é porque gosta de ver como funcionam…
Tem dias em que desespera qualquer um. Está sempre a tentar descobrir uma forma diferente de fazer asneiras. E o pior é que, normalmente, consegue.
Consegue aliar a vontade de fazer disparates à vontade de ser um adulto. Ou mais crescido. O que o leva a corrigir os comportamentos dos amigos da idade dele para aquilo que pensa ser correcto. Muitas vezes, e nos casos em que os conflitos não são criados por ele, tenta mediar de modo a resolver, sem intervenção dos adultos. Tal como a irmã prefere programas educativos a desenhos animados. Gosta de aprender, mas não tudo, apenas as coisas que lhe despertam atenção.
E é carinhoso. Muito carinhoso. Mas apenas e só quando assim o entende.
Apesar de nunca estar descansada quando estou com ele (ou mesmo quando não estou, porque nunca sei o que ele vai fazer a seguir), não trocaria este desassossego pelo descanso que seria ter apenas a Margarida. Eles completam-se. E completam-me.
Parabéns ao Martim neste dia tão especial e mágico!
ResponderEliminarPor tudo o que conheço dele, sei que é um menino maravilhoso e sei que a Margarida e o Martim são a luz e a alegria dos teus olhos!
Parabéns Martim lindo! Parabéns mamã linda!!!
Um dia feliz, como merecem :)
Adoro-te!
Beijos enormes aos três
Olha Pedrita,
ResponderEliminarcomo sabes sou mãe de dois filhos, a Rita e o João de 23 e 19 anos respectivamente.
O destino não me deixou ter estes e um primeiro (que perdi na gravidez). Cada um dos casos foi diferente, nos dois primeiros (o que perdi e a Rita) tive a vida em risco ... Mas não trocaria por nada deste mundo as suas presenças na minha própria vida.
Como te compreendo
Parabéns ao Martin ... e à mamã!
Beijos da "tia" Mel
Parabéns ao terrorista...
ResponderEliminarE sempre bom um filho fazer anos, alegria e felicidade.
Parabéns Pedra
Bjs
Luis
Os filhos são sempre o mais importante das nossas vidas!
ResponderEliminarE claro, as crianças não são todas iguais. Temos de respeitar sistematicamente a individualidade de cada um!
Abraço e parabéns pelo blog.
...
ResponderEliminarum abraço ao pimpolho
e um beijinho para ti.
:)
Um abraço ao teu Martim
ResponderEliminare um beijinho grande como tu para ti
Já te disse hoje que gosto muito de ti?
bela crónica da vida real
E que o Martim seja sempre assim, irrequieto, curioso e meigo.
ResponderEliminarParabéns lindo!
Parabéns Pedra e "mãe"!!
Beijinhos***
Manuela
Ao amigo Martim um beijão de parabéns e faz-me um favor: continua sempre alegre terrorista e bem disposto. Aproveito para deixar um beijinho à afilhada querida. Aos pais aquele abraço.
ResponderEliminarBeijinhos