terça-feira, 3 de março de 2009
Vou dizer este poema hoje...
Podia faltar-te o pão, podia faltar-te um tecto, mas as palavras…
As palavras não.
Podia faltar-te agasalho, até afecto, mas as palavras…
As palavras não.
Podia faltar-te um amigo sobre a forma de abrigo, mas as palavras…
As palavras não.
Podia faltar-te a sorte e a desdita cheirar a morte, mas as palavras…
As palavras não.
Podia mesmo faltar-te ilusão, pensares nisso como uma quase velhice,
Mas as palavras…
As palavras não…
Não envelhecem, e seria perfeita idiotice envelheceres com elas.
As palavras são o que quiseres fazer delas.
Estão em todas as coisas que acontecem, e às vezes essas coisas
São difíceis de dizer por palavras
Deixa então que a emoção seja maior que a paisagem.
Sê Rei nas vestes de um pajem
E diz-te.
Verás que o amanhã foi ontem se o pensaste assim
E se o sonho te pareceu a verdade daquilo que amavas
Então a incerteza nunca será triste, nem mesmo a esperança desilusão
Porque pode faltar-te tudo, até mesmo um coração
Mas as palavras…
As palavras não!
José Torres
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Por falta de tempo nem sempre poderei retribuir a sua visita ao meu espaço, mas agradeço-a desde já.