sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Alma de poeta

Foto de Claudia Marcu


Na penumbra da noite,
O suspiro de alguém que escreve...
Envolto em mistérios, sombras...
Nada encontro...
Alma que se solta...
Luz que se apaga no horizonte
Poetas que se perdem nas palavras
Ecos que o vento traz e leva...
Comunhão da tinta e do papel,
Escrevo, penso, reflicto...
Não encontro o meu destino,
Serei poeta, ou apenas uma ilusão...
Não importa,
Deixo as palavras nascer
Liberto o sentimento...
Condenado a vaguear,
Nesta dúvida e mistério que há em mim,
Sem partir, sem chegar...
Refúgio de mares envoltos em tempestades,
Paro neste porto de abrigo,
Conduzo as palavras que se soltam...
Surgem no papel,
Expressam sentimentos...
Mas quem sou?
Poeta, ou ilusão.
A dúvida persiste...
Deixo-me conduzir no momento...
Escravo de uma alma presa...
Solto, com alegria, a escrita,
Torno-me cúmplice do momento,
Textos, poemas...
Como Outonos de folhas mortas,
Folhas que caem, brisa que sopra
Quadro de inspiração...
Alimenta a alma...
Escrevo palavras soltas...
Afinal quem sou?
Poeta, ou ilusão...

Este poema foi escrito pelo Luís Ferreira que diz que não é poeta, mas, sinceramente, e na minha opinião, o que ele tem mesmo é uma Alma de Poeta. Dai a minha escolha por este poema dele.
A alma do Luís está bem espelhada no blogue que mantêm, no endereço http://marsonhos.blogspot.com, onde tenta, por meio das palavras que domina, ajudar a construir um mundo melhor. Dado que somos amigos desde que me lembro, acompanho o Mar de Sonhos desde o dia do seu nascimento. E eu, que nunca fui grande fã de poesia, acabei por ir aprendendo, com ele, a gostar e a apreciar.
Hoje o Luís tem o seu lugar garantido nos autores que eu leio, não por força da nossa amizade (que espero que dure uma eternidade), mas pela forma como escreve.

6 comentários:

  1. Simplesmente adorei...Um dos muitos e belos poemas do Luis neste teu magnifico blog.
    Lindo... Lindo... Lindo...

    Bjs

    ResponderEliminar
  2. Obrigado Pedra (Magda) pelas palavras... Podes estar descansada que uma coisa que irá durar uma eternidade é a nossa amizade, se tiveres paciência para me aturar :)

    Já agora não sou poeta... quando for eu aviso :)

    Bjs

    ResponderEliminar
  3. Também é um dos meus poemas favoritos do Luís, começando pelo título que nos prende, de imediato.

    Uma boa escolha que enriquece este teu blog, sem dúvida!

    Um grande beijinho aos dois da vossa amiga
    Manuela***

    ResponderEliminar
  4. Uma escolha excelente, que deve ter sido difícil, porque os poemas do Luís Ferreira são naturalmente muito bonitos!
    O Luís que não sendo poeta (?) tem de facto Alma de Poeta!

    Um beijo grande aos dois

    ResponderEliminar
  5. O Luís não é um Poeta… é a ilusão!
    A ilusão de não conhecer o seu dom das palavras…
    Para mim, o Luís é uma amizade nascida das letras e mesmo que não queira, que não assuma, será sempre um Poeta Amigo, mesmo sem aviso prévio…
    De resto, os sinais do tempo, os sinais do papel preenchido como este poema o faz, dirão sempre a sua realidade saída da sua alma inesgotável.

    Troquemos o nome, chamemos outra coisa, mas o que aqui lemos é poesia!

    Aos Amigos,

    Um abraço sentido!

    Obrigado Stone
    Obrigado Luís

    ResponderEliminar
  6. É esse é um poeta que eu conheço!!!
    Realmente ele escreve bem e com sentimento. Gosto da escrita dele.

    Deixo uma pérola incandescente de carinho pelo belo momento proporcionado.


    Eärwen

    ResponderEliminar

Por falta de tempo nem sempre poderei retribuir a sua visita ao meu espaço, mas agradeço-a desde já.